Hoje recebi essa mensagem no Face de uma
amiga que mora na Alemanha e tem tentado ajudar com muito carinho. Obrigada
minha amiga. O conteúdo abaixo é de uma psicóloga amiga dela e que relata o
tratamento e a gravidade dessas doenças ANOREXIA E BULIMIA. O mais interessante
é que ela diz de clínicas com profissionais para interna-las e fazer o
tratamento. Então; novamente chegamos ao ponto, onde tem essas clínicas?
Podemos arcar com os gastos? Onde procurar por essas clínicas? Com meus estudos
nesse tempo de Bulimia e Anorexia da minha filha, tenho essa certeza, elas
precisam se internar e fazer o tratamento em uma casa de recuperação
especializada e com profissionais preparados para recebê-las e saírem de lá
fortalecidas e curadas. Aqui fora, sem internação é complicado, o mundo não
para, os problemas são reais e o preconceito é grande, lá se sentirão
protegidas e falaram a sua linguagem, o que as faz fortalecer e acreditarem na
sua cura.
Oi,
como vai vc? Tudo joia por aí?
Eu queria
te perguntar uma coisa ..... Eu lembrei que vc me contou que havia trabalhado
com garotas que sofriam de bulimia e aneroxia onde vc fazia estagio.... Tem uma
amiga minha de BH que a filha dela está sofrendo deste problema, eu vi a menina
e ela está magrinha, super fraca, esta minha amiga Luciana até criou um blog
para divulgar o problema, pedir ajuda etc.... Ela comentou que a filha dela não
tem um tratamento que seria especifico para esta doença, não sei como isso funciona.... Sei que a
menina tem uma psicóloga ....
Isso que queria te perguntar vc pode me ajudar
com alguma coisa, informação, sei lá tratamento o que vc puder ou quem sabe
escrever alguma coisa no blog.
Obrigada pela forca
bjooo
Oi, minha querida!!!
Estou muito bem, e vc?
Senti a sua angústia ao ler cada palavra do seu
e-mail. E posso imaginar o sofrimento dessa menina, da mãe dela, da família. A
anorexia é muito grave, e leva a morte por falta de inanição. É um transtorno
mental, ou seja, é uma doença mental grave. Por isso, precisa de um tratamento
com vários profissionais de diferentes áreas - ressalte isso a sua amiga!
Profissionais:
1. Médico psiquiátrico: esse vai receitar uma
medicação que ajudará.
2. Psicanalista: esse vai entender a dinâmica
familiar. Vai conversar com pai, mãe, a anoréxica e saber como o problema
emergiu (a causa).
3. Psicólogo: É válido continuar o tratamento
com essa psicóloga, caso a mãe esteja percebendo resultados.
4. Nutricionista
=> Uma boa sugestão, é a internação em centro
especializado (um local que seja referência em atender anoréxicas). Nesses
hospitais se encontram todos os profissionais acima, e que fazem um trabalho em
conjunto (multidisciplinar).
A anoréxica não tem compreensão da gravidade de
seu problema, foca o seu raciocínio apenas em seu corpo e encontra estratégias
para enganar a família de que
come e está melhorando - por isso a família deve ter ainda mais alerta, não se
deixa influenciar por isso e saber que ela está doente. Precisa de ajuda e
tratamentos. Não se pode jamais minimizar os efeitos.
Espero que minhas palavras auxiliem. Pode SEMPRE
me escrever com qualquer dúvida que tiver. É sempre bom receber um e-mail seu.
Um grande abraço.
Buscando, nos meus estudos sobre Anorexia e Bulimia, olha o que encontrei; olha a confirmação de que interna-las em clínicas tem resultado.
AIVA, 16 ANOS
ANTES>> A adolescente em seu
primeiro dia na clínica Renfrew, na Flórida. Ela estava com 34 quilos, 69% do
seu peso normal.
DEPOIS>> No dia em que deixou a
clínica, após dez semanas, ela havia recuperado o aspecto saudável e parecia
uma jovem normal de novo.
E para finalizar: A CONFIRMAÇÃO DE QUE ELAS NÃO TEM A AJUDA NECESSÁRIA E A COMPREENSÃO DO SER HUMANO, OLHA O QUE ACONTECEU COM ESSA PESSOA COM ANOREXIA. OLHA O ABSURDO QUE ACONTECE, NÃO SÓ PARA ELAS, MAS PELO SER HUMANO, QUE FICAMOS SEM ATENDIMENTO MÉDICO.
Sem
vaga, hospital manda para casa mulher com 26 quilos
Sofrendo há 11 anos de anorexia
nervosa e bulimia, Maria Cleneilda Fernandes de Oliveira, 27, não conseguiu ser
internada no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, onde ela
se trata desde novembro de 2007. As dez vagas do serviço especializado em
transtornos alimentares já estavam cheias na terça-feira (27).
A informação é da reportagem de Laura
Capriglione publicada na edição desta sexta-feira da Folha.
Cleneilda chegou ao extremo: seu corpo, 1,55 metro
de altura, pesa apenas 26,4 kg –menos do que a massa de uma criança de nove
anos. Para alcançar seu normal, a jovem teria de pesar, no mínimo, 44,4 kg.
´Eu queria mais uma chance no Hospital
das Clínicas´, disse, na sala de espera do Hospital Municipal de Santo André.
Ela já ficou internada no HC em três
períodos, mas sempre que saiu voltou a perder peso. ´Os médicos do hospital já
disseram que não aceitam mais a minha irmã lá. Mas ela não faz isso porque
quer. Ela é doente. Será que sou eu quem deve explicar isso aos médicos?´,
disse o irmão Raimundo Cleilton Fernandes, 34.
A Secretaria de Estado da Saúde não soube informar
quantos leitos existem para tratar anoréxicos e bulímicos em estado grave.
Folha.com