sábado, 29 de dezembro de 2012

ESTOU AUSENTE UNS DIAS, DESCULPA, MAS LOGO RETORNAREI. RESPONDEREI OS COMENTÁRIOS E DAREI AS ORIENTAÇÕES PEDIDAS. OBRIGADA! FELIZ ANO NOVO Á TODOS! MUITA SAÚDE, PAZ, AMOR, E ESPERANÇA DE UM NOVO ANO DE CURA!
ABRAÇOS ENORMES EM TODOS OS MEUS LEITORES!
LUCIANA

terça-feira, 30 de outubro de 2012


Transtornos Alimentares: O lado que ninguém vê!
Existem muitos problemas que são vividos pelos adolescentes hoje em dia. Bullying, depressão, ansiedade e muitos outros. Hoje eu quero falar sobre algo que tem sido abordado por aí (nem sempre do jeito certo) mas que é sempre importante de ser lembrado: Os transtornos alimentares.
Pra começar, nessas horas todo mundo se lembra da Bulimia e a da Anorexia, sendo que existem ainda a Compulsão Alimentar, a Ortorexia e a Vigorexia. Como eu entendo melhor de bulimia e anorexia, vou falar apenas desses, mas todos os outros citados são tão sérios e perigosos quanto esses dois e as vítimas dessas doenças merecem atenção, cuidados e um tratamento especializado.
Eu não vou entrar em detalhes sobre as consequências físicas da restrição alimentar (Anorexia) ou do vômito induzido, consumo excessivo de laxantes e exercício exagerado (Bulimia). Você encontra esses aspectos aqui e aqui.
O que eu vou falar aqui é um lado que muitas vezes não é mostrado nos filmes, séries e novelas. Muita gente não sabe ou simplesmente nunca considerou que ambas as doenças são vícios. Aliás, todos os transtornos alimentares são vícios. Se você nunca passou por isso, provavelmente deve ter pensado “mas se você quer mudar seu corpo, por que não fazer uma dieta saudável e exercícios físicos ao invés de se machucar assim?” ao ver alguma foto ou reportagem de uma pessoa anoréxica, mas esse pensamento é o mesmo que dizer a um alcoólatra para “tomar apenas uma cerveja”.
Muita gente costuma pensar que as pessoas que chegam a um ponto de ficarem esqueléticas ou serem internadas em hospitais são fúteis e só se importam com a aparência. Errado! Anorexia e Bulimia se desenvolvem de maneira diferente em cada pessoa e por motivos diferentes, como traumas, ansiedade, depressão e outras causas que não podem ser categorizadas dessa forma. Essas doenças tem muito mais a ver com os problemas psicológicos do doente em relação a si mesmo e ao mundo que os cerca do que com as imagens nas capas das revistas (mas é claro que a pressão da mídia influencia e empurra a pessoa cada vez mais para dentro do seu círculo vicioso.) Inclusive, muitas pessoas bulímicas ou anoréxicas entendem que estão magras (ou mesmo que estão num peso saudável) mas elas não conseguem parar: é como se a doença fosse seu porto seguro, uma maneira de lidar com os outros problemas.
“Claro que você pode se recuperar! É só comer!” Não é bem assim. Você não pode dizer a uma pessoa doente que “é só comer”. Para um anoréxico, o ganho de peso (mesmo que mínimo) é assustador ao extremo, ainda que ele esteja beirando a morte. Anorexia e Bulimia são, muitas vezes, sobre controle: a pessoa doente sente que não tem controle sobre o mundo a sua volta ou sobre a própria vida, então ela tenta controlar, de uma maneira ou outra, aquilo que come. A recuperação para muitos anoréxicos e bulímicos é perder o controle, mesmo que ele reconheça que a doença já tomou as rédeas de suas vidas.
Essas pessoas sofrem! Não estou falando sobre os desmaios, arritmia e dores de estômago. Quando falo sobre “sofrer” me refiro a ter medo de comer em público, sobre se sentir terrivelmente sozinho, sobre o medo e surpresa ao vomitar sangue ou perder a menstruação, sobre a própria depressão (seja pela pressão que envolve um transtorno alimentar ou mesmo pela má-nutrição), sobre a culpa e a vergonha, sobre o medo de ser descoberto, sobre ouvir comentários maldosos… e por aí vai. A pessoa que está doente, muitas vezes quer ser ajudada e levar uma vida normal e saudável, mas em partes não deseja abandonar seu distúrbio alimentar e quer afundar cada vez mais dentro dele, de forma que o bulímico ou anoréxico vive diariamente esse conflito de querer ajuda mas ter medo de abandonar o tal “porto seguro”. Outro sofrimento enorme é ver aqueles que os amam sofrendo ao ver que está doente, e, ainda assim, não conseguir ou não ter vontade de superar o problema, gerando um grande sentimento de culpa. Lembrando que “não ter vontade” não significa descaso com aqueles que os amam: isso significa que a doença já chegou longe o suficiente para que a pessoa não consiga se imaginar sem ela. Não é egoísmo, é sofrimento!

Nem toda garota com anorexia é magrelinha ou parece doente, e podem ter certeza que as meninas das fotos que todos nós vimos um dia já aparentaram ser saudáveis (e até acima do peso). O mesmo vale para bulímicos, que podem tanto ser magros quanto “normais” ou estarem acima do peso. Isso quer dizer que a ajuda deve ser buscada o mais cedo possível: quando a pessoa está extremamente magra ou muito doente fisicamente, quer dizer que ela provavelmente já vem sofrendo há um bom tempo!
Com o tempo, essas doenças chegam num estado crítico que não necessariamnete têm a ver com dano físico: a pessoa se sente completamente dependente da doença para se “manter em ordem”: cada caloria precisa ser contada, é necessário se livrar de qualquer excesso, e, aos poucos, sua vida (pessoal, emocional, social, desejos sexuais, diversão, interesses, família e etc) vai sendo tomada pelos pensamentos “doentes” e o próprio ato do exercício fisíco e/ou compulsão seguida de vômito.

Se você é amigo ou parente de alguém que possa estar sofrendo com Bulimia, Anorexia ou outros problemas, busque ajuda na internet, com um profissional ou mesmo com os responsáveis por ela. Sempre pesquise e tente entender como funciona viver com um transtorno alimentar e, acima de tudo, dê apoio da melhor forma que puder. Essa é uma batalha dificílima e que é muito difícil de ser travada sozinho e sem acompanhamento profissional.



Se você mesma sofre com isso, procure ajuda. Converse com alguém, seja quem for: tudo se torna mais difícil se você estiver sozinha. É difícil e assustador, mas é a sua vida que está em jogo e você não é menos ou mais doente que ninguém: você merece ser feliz e sem estabilizar a sua condição, é impossível. Se ainda não tem um profissional cuidando de você, procure um, não é vergonha nenhuma. Procure se informar sobre a recuperação e/ou estabilização da doença, pois quanto mais cedo você procurar ajuda, maiores são suas chances de ficar bem.





Esse assunto precisa ser colocado em discussão porque as pessoas precisam receber apoio e ajuda, principalmente adolescentes como nós: são muitas mudanças, muitos acontecimentos e muita pressão para encararmos e, infelizmente, esses problemas têm sido mais um peso para milhões de garotas e garotos pelo mundo inteiro.
Enfim, é isso! Desculpem pelo post enorme (mas que ainda não disse tudo!) e, caso precisem conversar ou tiverem alguma dúvida usem os comentários. E lembrem-se: nada vale mais do que a sua vida. Cuide-se.





Bulimia
Desde a primeira descrição de bulimia nervosa em 1979, por Gerald Russel, o conhecimento do quadro tem avançado rapidamente graças à proliferação de grupos de estudos em vários países.
A Bulimia é caracterizada pela ingestão compulsiva e rápida de grande quantidade de alimento, com pouco ou nenhum prazer, alternada com comportamento dirigido para evitar o ganho de peso, como vomitar (95% dos pacientes), abusar de laxantes e diuréticos, excesso de exercícios físicos ou períodos de restrição alimentar severa, sempre com medo exagerado de engordar.
O termo bulimia vem do grego buos = boi e limos = fome, designando um apetite de comer um boi inteiro ou quase.
Desde a descrição inicial, os episódios bulímicos e os comportamentos para evitar o ganho de peso passaram a descrever um novo grupo de pacientes com transtorno alimentar, que não correspondia aos critérios diagnósticos para obesidade ou anorexia nervosa.

Atualmente pelos critérios do DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - APA 1994) a bulimia nervosa ocorre entre 1 a 3% das mulheres adolescentes e adultas jovens, sendo a taxa de ocorrência em homens de aproximadamente 1/10 (um décimo) da que ocorre em mulheres. Vinte a 30% de homossexuais masculinos apresentam a doença, e ex-atletas e ex-obesos parecem apresentar maiores riscos (Cordás et ali, 1998). A bulimia nervosa começa no final da adolescência ou início da idade adulta.


Os episódios bulímicos, de ingestão compulsiva, com perda de controle, de grande quantidade de alimento em curto prazo de tempo ou mais raro, um longo ritual de várias horas ou uma noite inteira, ocorrem geralmente às escondidas e são seguidos de sensação de culpa, vergonha e desejo de auto punição. Durante os episódios a pessoa não sente prazer e tem sentimento de incapacidade de parar de comer ou de controlar o que ou quanto come está comendo, chegando a ingerir de 2 mil a 5 mil calorias em um único episódio. Já foi relatada a ingestão de 15 mil calorias em um único episódio bulímico (Russell, 1990).

Autor: Cyro Masci
Colaborador Saúde em Movimento
Data da Publicação: 10/04/2003

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

DESABAFO DE UMA MÃE



 Viver com uma pessoa que tem Bulimia e Anorexia...
... Deveria ter uma forma das pessoas poderem visualizar o que acontece no dia a dia dessas meninas com essas doenças. Nossa vida se transforma junto com elas, nos sentimos encurraladas, desafiadas, extremamente sem o poder da cura,  de ser mãe, de proteger, nos sentimos impotentes. Isso dói muito, assisto a minha filha a se matar aos poucos todos os dias. Estou no limite de tantas coisas que acontece e não posso estar. Exemplos: Faço compra para durar uns 15 dias e a compra acaba em 5 dias. Estou endividada, meu cartão está estourado. Compro pão na padaria para dar para a noite e pela manhã, acaba tudo em cinco minutos. Ela come tudo vorazmente e vomita tudo em um minuto depois, o dia todo. Os remédios para o tratamento muda a cada 15 dias, na esperança da melhora. O seu humor é absurdo, oscila muito e estamos o tempo todo envolvidas, juntas. A cozinha sempre gigantesca de vasilhas para lavar, preciso dizer pare de comer, porque ainda tem pessoas para alimentar. Infelizmente não tenho condições de arcar com tantos gastos e já não sei mais o que fazer. Fora a tristeza que sinto. 
Sou firme, lhe dou carinho, amor, dedico à ela muito tempo. Mas o sentimento que temos é de perda, e inutilidade. Quero muito a cura da minha filha, quero; por tê-la viva, não por estar vivendo momentos apavorantes, de ter despesas grandes, quero a felicidade da minha menina. Quero ela de volta, quero a sua vida devolvida. 
Quero poder chegar em casa exausta após um dia de trabalho e vê-la em casa, ao invés de vê-la me aguardando na porta do trabalho, para irmos juntas à padaria para comprarmos o lanche gigantesco, para acabar em segundos e ela passar mal e ficar nervosa, e ficar pálida, e pedir ajuda, e gritar que não aguenta mais. Quero ela sem ir a tantos médicos, todos os dias. Quero ela indo ao Colégio, retomando sua vida. Quero a minha menina curtindo a vida adoidado!!!!


Salva-se minha filha, libertece, DIGA NÃO A BULIMIA E A ANOREXIA. Estou sempre ao seu lado, na sua frente, no seu caminho, vou te segurar, vou ajudá-la a equilibrar novamente sua vida! O que não posso é ver você se acabando e não poder fazer nada! Venha, segure minhas mãos e vamos seguir em frente, com a cabeça erguida e muita fé!

sábado, 29 de setembro de 2012

ESTATÍSTICA BULIMIA


Estima-se que nos Estados Unidos 1.5% das mulheres e 
0.5% dos homens sofram de bulimia. Como podemos ver,
 esta doença é 3 vezes mais comum em mulheres do que
 em homens.
Um estudo epidemiológico encontrou que 78 % das pessoas com bulimia apresentavam problemas psicossociais (casa, trabalho, vida pessoal, vida social) pelo menos moderado, sendo que 16% apresentavam problemas severos.

sábado, 15 de setembro de 2012

Não se desespere


e

Eu só vou entrar a fundo no assunto da cura, depois que entendemos o universo de quem tem bulimia. Tudo vai ficar mais claro e a cobrança será menos penosa. Mas devo avisar logo, não fantasie com uma cura imediata, um bulimico já tem muita coisa passando na sua cabeça e não precisa de toda essa pressão. 

Ou melhor, não vai conseguir se curar de um dia para o outro, ainda mais se ele está anos doente. Mas a cura existe e é verdadeira. Cada passo a caminho de uma vida saudavel de verdade deve ser valorizada, mesmo que no caminho o doente encontre recaídas. Tudo faz parte do processo. 

Eu cheguei a acreditar que as pessoas que diziam ter saido da doença eram todas mentirosas e só haviam encontrado um outro jeito de enganar os outros. Eu já não lembrava mais como eu era antes da bulimia. No fundo não acreditava que ter uma relação normal com o alimento seria mais possível. Não que eu não quisesse me curar, depois de 4anos não aguentava mais essa vida dupla, mas ainda tinha medos e incertezas.

Foram quase mais 4anos até eu consegui sair do quadro. Só fui começar a melhorar de verdade, nos últimos 2anos da do ença.É preciso muita ajuda, vontade própria, fé e paciencia. Lembre-se que cada um tem um tempo, o corpo passa por uma readaptação e não adianta querer atropelar os passos. Alguns se repuperam mais rápido e outros demoram um pouco mais. 

Uma das coisas mais difíceis para um bulimico é a paciencia. Ele quer tudo de imediato e é intenso no que faz.Quando come, come muito, quando vomita, não quer que nada fique dentro do estomago. O vomito esvazia não só a barriga, mas alivia a tensão do momento. Como se com isso fosse capaz de mandar os problemas embora. O Bulimico vive nos extremos, barriga cheia explodindo versus barriga vazia. Ao analisar bem, percemos que essa relação bulimica não encontra apenas na comida, mas em muitos outras aspectos de sua vida. Vivendo nos extremos do tudo ou nada.


Texto de . Potira Marie @copyrights reserved

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

GRANDE ESPERANÇA




Ontem foi meu aniversário de 16 anos , fiquei muito feliz o dia todo , teve um surpresa da minha mãe na minha casa com um bolinho mas não consegui ficar sem vomitar , mas mesmo assim não perdi a esperança de melhorar , uma surpresa hoje para mim minha menstruação veio esse mês e tinha três meses que não menstruava, achei isso muito bom uma notícia que estou melhorando cada vez mais . Olhei minhas fotos hoje do meu book de 15 anos que fiz ano passado , estava relembrando os momentos que vivi ano passado e notei como melhorei esse ano , mesmo assim foi uma recaída e tanto , mas não desisti , estou seguindo em frente com muita fé . Estou muito feliz com os comentários das pessoas que entram no blog e das visualizações , peço que se tiverem dúvidas , quererem mais informações , quererem desabafar estamos a disposição com o nosso email também .

Ass: Filha da Luciana 


sábado, 1 de setembro de 2012

A DIFICULDADE DA MELHORA DAS DOENÇAS. BULIMIA E ANOREXIA NA MODA.



FOME ZERO 
por Marcelo Wysocki 

Thin, da HBO, debate os distúrbios alimentares na temporada em que os eventos de moda no Brasil criam regras para garantir modelos saudáveis. 



"Eu quero muito ser magra. Se para isso eu precisar morrer, então que seja assim." As palavras saem dos lábios torturados de Alisa. Aos 30 anos, ela tem dois filhos, uma casa confortável, um carro e um cachorrinho. É uma mulher bonita, mas isso não basta. Ao olhar-se no espelho, inexplicavelmente, não gosta do que vê. Ela sofre de um mal secreto comum a cinco milhões de norte-americanas: a anorexia. Depois de tomar café da manhã com os filhos, dirige-se ao banheiro, agacha-se sobre o vaso sanitário e vomita. 

A cena é mais chocante por ser mostrada com tanta naturalidade no documentário "Thin", do canal HBO. "Thin", em inglês, significa magro. O filme, dirigido pela fotógrafa Lauren Greenfield, trata da luta de quatro jovens americanas, com idades entre 15 e 30 anos, contra distúrbios alimentares. O assunto entrou em evidência no Brasil depois da morte trágica, em novembro do ano passado, da modelo Ana Carolina Reston. Ela foi vítima de infecção generalizada, decorrente de um quadro de anorexia. 





"Tentei o suicídio depois de comer dois pedaços de pizza", conta Polly, uma das pacientes em recuperação. Internadas numa clínica para tratamento de distúrbios alimentares, localizada no sul da Flórida, EUA, as garotas são exemplo de uma realidade que vai além da estética e da vaidade. No mundo, mais de 90% dos pacientes com bulimia e anorexia nervosa pertencem ao sexo feminino. Apenas três em cada dez pacientes anoréxicas superam o problema, ganham peso normal e voltam a ter menstruações regulares. Uma em cada quatro continua sendo crônica. Mas 10% jamais encontram a cura. Elas morrem em conseqüência da desnutrição ou cometem suicídio. 

No Brasil, cerca de 53% da população feminina, algo próximo a 45 milhões de mulheres, faz regime regularmente. Detalhe: hoje, a anorexia tem se manifestado cada vez mais cedo. Antes, a idade-padrão era de 15 anos. Mas o número caiu para até 11 anos e vem diminuindo cada vez mais. 

Outro agravante é a difusão de dietas milagrosas em milhares de sites, fóruns e blogs nos quais os usuários propagam anorexia e bulimia como estilo de vida. "Adoro Ser Anoréxica", por exemplo, documentário exibido pela GNT, mostra como algumas garotas se comportam na corrida para perder peso. Elas se tratam de "Ana" (as anoréxicas) e "Mia" (as vítimas de bulimia). 






Os homens são menos propensos a distúrbios alimentares. "Acontece, mas é raro. Em torno de 90% a 95% dos casos ocorrem com mulheres. No Ambulim, serviço que mantemos no Hospital das Clínicas há 14 anos, mais de 700 pessoas já foram atendidas e o número de homens não chegam a dez", afirma Táki Cordas, médico psiquiatra e professor de Psiquiatria na Universidade de São Paulo. "Nos EUA parece que esse número se situa entre 10% e 15%, mas sabe-se que, nas clínicas privadas, o número de crianças e adolescentes cresceu." 

Mauro Fisberg, médico-nutólogo, professor da Universidade Federal de São Paulo e coordenador do Projeto Saúde-Modelo do Centro de Atendimento e Apoio do Adolescente (Unifesp), concorda. "A adolescência é uma fase de risco por si só, quando se determinam mudanças significativas na composição corporal de uma pessoa", afirma.


POLÊMICA À VISTA - Os organizadores da São Paulo Fashion Week, o maior evento de moda da América Latina, se mobilizaram para discutir e mostrar que tais distúrbios não estão restritos às passarelas. 



A partir de agora, as modelos deverão apresentar atestado médico que comprove o bom estado de saúde. Outra mudança: a idade mínima para desfilar passou a ser 16 anos. Para Paulo Borges, idealizador da SPFW, estas medidas visam mudar o hábito de todos a curto, médio e longo prazo. "Mode é saúde, beleza e vitalidade. Por que as meninas brasileiras, a partir de 1996, mudaram o olhar e a estética da moda para o mundo? Porque os nomes como Adriana Lima, Alessandra Ambrósio, Gisele Bündchen e Isabeli Fontana deram curvas femininas à moda. Com isso, a moda ganhou uma expressão saudável e vibrante", avalia. 

Em setembro de 2006, as autoridades de Madri, Espanha, proibiram as modelos muito magras, com IMC (Índice de Massa Corporal) inferior a 18 de desfilar. Das 68 modelos inicialmente inscritas, cinco foram barradas. Mas, na Semana de Moda de Milão, is estilistas italianos boicotaram a atitude. Em contrapartida, o estilista francês Jean-Paul Gaultier chamou a atenção para a questão quando colocou a modelo americana Velvet, que pesa 132 quilos, para desfilar de lingerie. A SPFW adotou, já para esta temporada, o IMC de 18,5. 

"É importante desmistificar a magreza das modelos. Temos que lembrar que a maioria delas são magras por natureza, e não desnutridas. A magreza não significa, necessariamente, doença", diz Fisberg, que desde 1986 lida com adolescentes aspirantes a modelos e modelos profissionais, num trabalho em parceria com grandes agências, como Elite, Ford e Mega. Fisberg lembra também que quase sempre as modelos chegam ao consultório porque querem manter o peso ou já engordaram e desejam emagrecer. Quanto maior o tempo de profissão pior o padrão alimentar. 

Que o diga a modelo brasileira Daniele Oneda. Com uma trajetória profissional bem-sucedida no exterior, ela conta que precisou ajudar outra modelo nesta batalha. "Morei com outras três meninas em Milão, na Itália, e uma delas ia ao banheiro a toda hora para vomitar", lembra Daniele, de passagem pelo Brasil para curtir férias ao lado dos familiares e amigos. "Ela chorava muito e nunca visitava o médico. Mas hoje em dia ela está ótima, com uma excelente carreira", afirma, aliviada, a modelo de 23 anos. 

Morando atualmente na China, Daniele - que tem 1,78m de altura e 56kg - diz que no Brasil não existe tanta pressão para que as modelos sejam magras. "Lá fora, em muitas agências, eles chegam com a fita métrica na mão para tirar as medidas. Certa vez, no Japão, disseram que eu teria que perder dois centímetros de quadril. Claro que outra pessoa pegou o trabalho, porque não fiz nada para chegar ao peso exigido. Mas peguei outros", recorda a moça, que já trabalhou para grifes como Dior, Louis Vuitton, Chanel e Gucci. 

O certo é que o mundo da moda é tão competitivo quanto qualquer outra área. A profissão de modelo tem suas exigências. É assim para os advogados, dentistas, arquitetos etc. "Em cada profissão são exigidos alguns pré-requisitos. Para ser modelo, uma das exigências é que as meninas estejam num padrão atual para a indústria da moda. Hoje, um desses pré-requisitos é que a modelo tenha no máximo manequim número 38. Isso não quer dizer que ela seja desnutrida", diz Alexandre Herchcovitch, um dos mais badalados estilistas brasileiros. 

Já Paola Anita Robba, estilista que há duas décadas atua com moda praia da grife Poko Pano, acredita que antigamente a cobrança era muito maior. "Essa tal ditadura da moda está mais maleável hoje. Quando comecei, as meninas eram praticamente anoréxicas", diz Paola. "Mas é importante que os pais acompanhem os filhos. Eles devem sempre estar próximos deles", afirma. 

Lilian Pacce, editora de moda e apresentadora do "GNT Fashion", compartila as idéias do estilista. "As agências são empresas. E a empresa é o patrão da história. Como todo patrão, interessa para eles que as modelos, os seus funcionários, estejam saudáveis", afirma a jornalista, acostumada a acompanhar as temporadas de moda na Europa e nos EUA. "A moda acaba projetando um sonho. Mas para despertar esse desejo, quem está lá tem de ser o cabide da roupa. A modelo magra é quem pode despertar esse desejo. Não pelo pouco peso, mas pelo jeito que a roupa vai ficar nela. A passarela aumenta a modelo em pelo menos 4kg, o vídeo engorda, a fotografia também. Todo mundo pensa que a Gisele Bündchen é um mulherão, mas ela é magra. Uma magra curvilínea, por isso é tão especial. Na passarela, vira um mulherão", diz Lilian. 




DÚVIDAS, DESABAFOS, SUGESTÕES, AJUDA, COMENTÁRIOS, NOVO CONTATO. AJUDE A AJUDARMOS.







É muito importante buscarmos para ajudar o próximo, ainda mais se esse próximo é uma filha ou filho. Por isso criei o e-mail para entrarmos em contato e tirarmos dúvidas, ou mesmo aprender a lidar com a Bulimia e a Anorexia. 










Interessados em atendimento  familiares com dúvidas sobre como lidar com a Bulimia escrevam para:
bulimiaacadadia@hotmail.com


Desabafar também faz bem!



quinta-feira, 30 de agosto de 2012

AGRADECIMENTO À VOCÊS

Todos os dias entro no Blog e visualizo as postagens, comentários, publico postagens, escrevo para vocês. Me preocupo em saber se estou agradando, ajudando as pessoas com o Blog e seu conteúdo, então verifico a estatística todos os dias, e sabe o que descobri, que sete Países visitam o Blog todos os dias, acredito serem pessoas fieis ao Blog. E estou aqui para agradecer e pedir que comentem e me ajudem a ajudar vocês. E GRITAR A MINHA FELICIDADE DE TEREM VOCÊS AQUI COMIGO, TODOS OS DIAS!
ATUALIZANDO: AGORA SÃO 18 PAÍSES A VISITAR O BLOG DIARIAMENTE.
AGRADEÇO AOS PAÍSES:

ALEMANHA



ANGOLA

ARGENTINA

BRASIL

CANADÁ
CHINA


ESTADOS UNIDOS
FRANÇA

ITÁLIA

JAPÃO


MÉXICO


MOÇAMBIQUE

POLÔNIA

PORTUGAL

ROMÊNIA

RÚSSIA
SUÍÇA

TAILÂNDIA


E aguardo outros PAÍSES a visitar o Blog.
Luciana

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Não Desistir


Ta sendo muito difícil a escolha de não desistir do tratamento , e melhorar , sinto que precio da melhora para viver com liberdade sem a culpa de comer e engordar , de comer e passar mal . Sei e tenho a certeza que todos que estão ao meu lado querem a minha melhora e querem o meu bem .Está realmente muito difícil mas escolhi o tentar , o persistir e não quero que a doença me vença , quero vencê-la . Adorei a iniciativa da minha mãe criar esse blog , porque aqui tenho a total liberdade de demonstrar minhas dificuldades , de informar para as mães e meninas que sofrem com a doença , aqui escrevo o que realmente sinto , penso , e o que eu passo durante 1 ano e meio .Acredito na minha cura , acredito em mim , rezo todos os dias para ter força para enfrentar o dia seguinte , tenho fé que vou dar conta !
Ass: Filha da Luciana .

sábado, 25 de agosto de 2012

COMENTÁRIOS



É realmente muito importante os comentários de vocês que participam do Blog, que tenho escrito e pesquisado, sempre atualizando e tentando ajudar. Por isso resolvi criar uma página somente de COMENTÁRIOS, para vocês tirarem suas dúvidas, desabafarem, acreditarem na cura. Terei o apoio de uma Psicóloga, para responder todos os comentários e fazer da vida de quem tem Bulimia e Anorexia um pouco mais leve. E de ajudar quem vive o problema e não tem informações. Ajudar os familiares em ajudar e apoiar seus filhos. Vocês estarão ajudando muito há mim mesma. Aguardo ansiosa por vocês.



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

BULIMIA, ANOREXIA E A CONFIRMAÇÃO DA MELHORA EM CLÍNICAS.MENSAGEM RECEBIDA DE UMA AMIGA NA ALEMANHA COM UMA PSICÓLOGA ...VEJAM OS RESULTADOS DESTAS IMPORTANTES INFORMAÇÕES.





Hoje recebi essa mensagem no Face de uma amiga que mora na Alemanha e tem tentado ajudar com muito carinho. Obrigada minha amiga. O conteúdo abaixo é de uma psicóloga amiga dela e que relata o tratamento e a gravidade dessas doenças ANOREXIA E BULIMIA. O mais interessante é que ela diz de clínicas com profissionais para interna-las e fazer o tratamento. Então; novamente chegamos ao ponto, onde tem essas clínicas? Podemos arcar com os gastos? Onde procurar por essas clínicas? Com meus estudos nesse tempo de Bulimia e Anorexia da minha filha, tenho essa certeza, elas precisam se internar e fazer o tratamento em uma casa de recuperação especializada e com profissionais preparados para recebê-las e saírem de lá fortalecidas e curadas. Aqui fora, sem internação é complicado, o mundo não para, os problemas são reais e o preconceito é grande, lá se sentirão protegidas e falaram a sua linguagem, o que as faz fortalecer e acreditarem na sua cura.


Oi,
como vai vc? Tudo joia por aí?
 Eu queria te perguntar uma coisa ..... Eu lembrei que vc me contou que havia trabalhado com garotas que sofriam de bulimia e aneroxia onde vc fazia estagio.... Tem uma amiga minha de BH que a filha dela está sofrendo deste problema, eu vi a menina e ela está magrinha, super fraca, esta minha amiga Luciana até criou um blog para divulgar o problema, pedir ajuda etc.... Ela comentou que a filha dela não tem um tratamento que seria especifico para esta doença,  não sei como isso funciona.... Sei que a menina tem uma psicóloga ....
Isso que queria te perguntar vc pode me ajudar com alguma coisa, informação, sei lá tratamento o que vc puder ou quem sabe escrever alguma coisa no blog.
Obrigada pela forca 
bjooo


Oi, minha querida!!!
Estou muito bem, e vc?

Senti a sua angústia ao ler cada palavra do seu e-mail. E posso imaginar o sofrimento dessa menina, da mãe dela, da família. A anorexia é muito grave, e leva a morte por falta de inanição. É um transtorno mental, ou seja, é uma doença mental grave. Por isso, precisa de um tratamento com vários profissionais de diferentes áreas - ressalte isso a sua amiga!

Profissionais:
1. Médico psiquiátrico: esse vai receitar uma medicação que ajudará.
2. Psicanalista: esse vai entender a dinâmica familiar. Vai conversar com pai, mãe, a anoréxica e saber como o problema emergiu (a causa).
3. Psicólogo: É válido continuar o tratamento com essa psicóloga, caso a mãe esteja percebendo resultados.
4. Nutricionista
=> Uma boa sugestão, é a internação em centro especializado (um local que seja referência em atender anoréxicas). Nesses hospitais se encontram todos os profissionais acima, e que fazem um trabalho em conjunto (multidisciplinar).

A anoréxica não tem compreensão da gravidade de seu problema, foca o seu raciocínio apenas em seu corpo e encontra estratégias para  enganar a família de que come e está melhorando - por isso a família deve ter ainda mais alerta, não se deixa influenciar por isso e saber que ela está doente. Precisa de ajuda e tratamentos. Não se pode jamais minimizar os efeitos.

Espero que minhas palavras auxiliem. Pode SEMPRE me escrever com qualquer dúvida que tiver. É sempre bom receber um e-mail seu.

Um grande abraço.


Buscando, nos meus estudos sobre Anorexia e Bulimia, olha o que encontrei; olha a confirmação de que interna-las em clínicas tem resultado.



AIVA, 16 ANOS 
ANTES>> A adolescente em seu primeiro dia na clínica Renfrew, na Flórida. Ela estava com 34 quilos, 69% do seu peso normal. 
DEPOIS>> No dia em que deixou a clínica, após dez semanas, ela havia recuperado o aspecto saudável e parecia uma jovem normal de novo.


E para finalizar: A CONFIRMAÇÃO DE QUE ELAS NÃO TEM A AJUDA NECESSÁRIA E A COMPREENSÃO DO SER HUMANO, OLHA O QUE ACONTECEU COM ESSA PESSOA COM ANOREXIA. OLHA O ABSURDO QUE ACONTECE, NÃO SÓ PARA ELAS, MAS PELO SER HUMANO, QUE FICAMOS SEM ATENDIMENTO MÉDICO.

Sem vaga, hospital manda para casa mulher com 26 quilos




Sofrendo há 11 anos de anorexia nervosa e bulimia, Maria Cleneilda Fernandes de Oliveira, 27, não conseguiu ser internada no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, onde ela se trata desde novembro de 2007. As dez vagas do serviço especializado em transtornos alimentares já estavam cheias na terça-feira (27).
A informação é da reportagem de Laura Capriglione publicada na edição desta sexta-feira da Folha.
Cleneilda chegou ao extremo: seu corpo, 1,55 metro de altura, pesa apenas 26,4 kg –menos do que a massa de uma criança de nove anos. Para alcançar seu normal, a jovem teria de pesar, no mínimo, 44,4 kg.

´Eu queria mais uma chance no Hospital das Clínicas´, disse, na sala de espera do Hospital Municipal de Santo André.
Ela já ficou internada no HC em três períodos, mas sempre que saiu voltou a perder peso. ´Os médicos do hospital já disseram que não aceitam mais a minha irmã lá. Mas ela não faz isso porque quer. Ela é doente. Será que sou eu quem deve explicar isso aos médicos?´, disse o irmão Raimundo Cleilton Fernandes, 34.
A Secretaria de Estado da Saúde não soube informar quantos leitos existem para tratar anoréxicos e bulímicos em estado grave.
Folha.com