quinta-feira, 28 de junho de 2012

TUDO SOBRE BULÍMIA


Algumas pessoas me perguntam:

Como mudar a cabeça de um Bulímico? Minha resposta é simples.

Você já tentou mudar algo dentro de si? Já percebeu como é difícil mudar uma crença, um hábito seu? Imagine tentar mudar a cabeça de outra pessoa? . . .


O que um Bulímico precisa não são pessoas a sua volta querendo mudar a sua mente, mas pessoas que realmente compreendam suas dificuldades.

Seria benéfico se ele ou ela tivessem ao seu redor pessoas que o apoiassem na busca de uma vida saudável, na busca da verdadeira paz interior e da qualidade de vida. Mas o que encontram são amigos e familiares dizendo o tempo todo o quando a Bulímia é errada.

A Bulímia pode ser uma opção ao começar, mas depois de um tempo se torna um vício, uma doença. Uma realidade que não depende só da escolha. Grande parte das pessoas bulímicas sabem o quanto é ruim a doença e se culpam.


Culpam-se por comer, por vomitar, se culpam por não serem perfeitos, se culpam pelos 3kilos a mais, se culpam por não conseguir se curar. Se culpam também por se deprimir, se culpam por terem tudo e ainda lhes faltarem o essencial que muitos julgam como superficial.

Alguém com Bulimia não precisam de lavagem cerebral e sim de informações sobre a doença e apoio daqueles que os amam e os tentam compreender. Informações básicas como, algumas consequências, sobre os alertas que o corpo dá quando falta nutriente e o que isso pode ocasionar em longo prazo.
O ideal é entender o problema ou a necessidade da pessoa que está doente e tentar aos poucos substituir para atos positivos aqueles atos autodestrutivos. Trabalhando nos sintomas e nos efeitos e com o tempo redirecionando a causa do problema para um novo hábito mais saudável.
Posted 20th May 2011 by Priscila Potira.


  
É quase inacreditável lembrar a importância que a Bulimia tinha na minha vida. Ela não me acompanhava só na hora do desespero. Ela me acompanhava todos os dias, todas as horas. No auge da doença, quando eu tinha certeza que isso era um vício, eu passei a colocar a prática do prazer da comer e vomitar como prioridade sobre as minhas atividades. Por muitas vezes me atrasei em compromissos e até cancelei saídas para praticar a Bulímia sozinha. Ter a casa vazia, sem ninguém pra me controlar, sem ninguém que eu tivesse que esconder o vomito, era a situação que mais almejava. Poder praticar a Bulimia sem ninguém por perto era indiscutivelmente a minha opção número 1! No fundo, eu sempre me arrependia, queria mesmo era sair com minhas amigas, queria sair de casa e me sentia péssima por me atrasar nas minhas atividades (ainda mais por este motivo)! Mas as horas sozinhas me seduziam tanto, os pacotes de biscoitos, os doces, as massas, os sucos! Comer é viciante, ainda mais quando você se sente um saco sem fundo, capaz de ingerir qualquer quantidade do mundo e não engordar. A Bulimia é muito sedutora e ela vai te levando para um buraco sem fundo, onde muitos não enxergam a saída. Eu fui escrava desse vício. Mas uma escrava que não queria a liberdade por muitos anos. Eu me enganava dizendo odiar ser bulímica, pois amava comer e vomitar. A escravidão de um vicio é um preço alto. Voltar a ter uma vida social normal é a recompensa de uma liberdade que não tem igual.
Posted 15th April 2011 by Priscila Potira. 
  
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Poucos amigos pessoais sabem que escrevo este blog e nenhum deles acompanham meus posts. É um mundo completamente diferente e é preciso abrir a mente para ler sem julgar, para compreender as afliçoes de quem passou por um disturbio alimentar. Nao é fácil falar tao abertamente sobre as inseguranças, medos, vícios, loucuras e vomitos a todos. Não é o assunto mais confortável do mundo para se dividir com aqueles que se dizem normais.

Porém, se observarmos de perto ninguém é normal, todo mundo tem a sua loucura, o seu mundo e algo imperfeito dentro de si. Todo mundo procura ser perfeito em algum momento ou aspecto da vida, a auto cobrança existe mesmo longe do mundo bulimico. Assim como os vícios, a vaidade, o exagero, a ansiedade, enfim; temos características similares a de muitas outras pessoas que não passaram e nem passarão por um distúrbio alimentar, mas nem por isso me deixei de me achar um E.T nos anos que estive bulímica.

O simples processo de se alimentar, nem sempre foi tão simples para mim. Eu entendo que para muitos inclusive para meus amigos será sempre difícil de entender este meu lado, este meu passado e este meu eu. Mas este blog não é escrito pensando neles, e sim para as pessoas que vivem, viveram ou se aproximaram deste mundo. É confortável saber que quando escrevo aqui cada vez mais pessoas se identificam e dividem as mesmas dificuldades que passo e que um dia superei. E nesse mundo distante existe uma compreensão mútua, uma vontade de ajuda coletiva, pois sabemos do sofrimento, da dor, dos medos e da vontade e desejos que a Bulimia esconde.

Ler histórias é uma redescoberta ao próprio mundo, poder falar já é uma liberdade, se sentir compreendida é se indentificar, conseguir confiar, poder ajudar será sempre um prazer.
Posted 28th February 2011 by Priscila Potira.
  

Espero que vocês tenham tido um lindo Natal, o meu foi maravilhoso! E hoje é o último dia do ano, onde começam as promessas. O dia das despedias.... (urg tenho medo de lembrar da varias que tive, sempre me esbanjando de doces e prometendo, agora sim é a ultima vomitada).

Enfim, queria dizer que adorei escrever para vocês nesses 5meses e continuarei no ano que vem! 
NESTE ÚLTIMO POST DO ANO VOU FAZER ALGO DIFERENTE. Vou responder um comentário que recebi da Ariane e que gostei mto, porque era exatamente assim que me sentia e sei que muitos devem se sentir assim. 


AME SE, MESMO COM A BULIMIA, VOCÊ TEM PODE TER UM DEFEITO, MAS TAMBÉM TEM MILHARES DE QUALIDADES!  FELIZ ANO NOVO!

Ariane said...
"Eu queria sair dessa vida de bulimia, mais é impossível!
já fiz tratamento com psicólogo e muitas outras coisas, mas sempre volto na mesma tecla, nunca saio dessa tristeza e esse vazio.
não queria ser entendida e nem compreendida, só queria ser respeitada independente das minhas escolas e opiniões!”

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Potira Marie said...

veja o post que eu falo de preconceito!
 (clique aqui para ler o post)
·...

Talvez o tratamento com psicólogos não seja o melhor pra vc, eu passei por mtos, fz terapia de grupo, psiquiatra, o remédio me ajudou nas compulsões.

Percebi tb q a bulimia às vezes vem de outros problemas, de inseguranças e decepções q nada tem a ver com o corpo, mas nos apegamos tanto na imagem q isso se torna de grande importância para todos nós.··.
Talvez os bulimicos devessem falar de outros problemas antes da bulimia. Falar para aliviar a dor, Falar da solidão, Falar sobre ter que se esconder sem ngm tentando convencer da cura. A bulimia é uma consequência, uma explosão, um grito e por pior que seja, são as dores sendo colocada pra fora de maneira errada.

Não é a comida que está indo pra fora, são os medos, a decepção, a insegurança. Guardar mágoa por muito tempo dentro do peito apodrece vira doença.

Trate seus medos, trate seus fantasmas, durante uma semana nem comente da Bulimia, deixe ela em segundo plano. Diminua o ritmo do vomito, dos laxantes por eles serem prejudiciais a sua saúde, não some mais problemas.
Mas não deixe de ser amar por ser uma pessoa Bulimica!

Se ame mais que tudo, mesmo com seus defeitos! Todo mundo tem imperfeições. Você pode ter Bulimia, mas tem um coração enorme!

Sim, a Bulimia faz mal, como cigarro faz como o álcool faz, mas não se anule por isso. Acredite vc não esta sozinha!

Texto de. Potira Marie @copyrights reserved

Posted 31st December 2010 by Potira Marie

 

 

Associação de Ajuda a pessoas Bulimicas

Queridos amigos, neste post convido a todos a participar da 


AAMICAS
Associação de Ajuda a pessoas Bulimicas
É UMA ASSOCIAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS COM A INTUIÇÃO DE PROPORCIONAR AJUDA, APOIO, PALESTRAS, DIVULGAR TRABALHOS SOBRE O ASSUNTO.

Para acabar com o preconceito e mostrar a realidade e a dificuldade de quem luta contra a compulsão.                                 
VISTA ESSA CAUSA!

AAMICA PRECISA DE PROFISSIONAIS DA SAUDE INTERESSADOS A AJUDAR, DE VOLUNTARIOS QUE SE INTERESSAM PELO ASSUNTO!

                                          
   NÃO SE CONSTROI UM CASTELO SOZINHO!
                                                                               aamicas@live.com
Interessados em atendimento online e familiares com dúvidas sobre como lidar com a Bulimia escrevam para aamicas@live.com

desabafar também faz bem!

Posted 16th December 2010 by Potira Marie
  


Vou contar como é de fato sair da bulimia. A pessoa se sente em uma montanha russa de emoções. É como o fim de um namoro inseguro, doentio e apaixonante. É sofrido e os dias sem recaídas parecem ser impossíveis. Só mais uma vez, por muitas vezes acontece. Só mais esse dia, mais essa semana, amanha eu começo e assim semanas e meses se vão.
Como é sofrido esse fim de namoro com a bulimia, basta aparecer 1kilo para voltar a chamar a mia de amiga. Só essa vez porque ninguém está olhando. Só até eu emagrecer 3kilos, depois eu paro prometo! Falava isso sempre e hoje é a frase que mais escuto de outras que enfrentam o problema.  A verdade é que anos se passam e os 3kilos não vão embora. E se eu parar agora, quantos kilos vou engordar? Pergunta que amedronta a todos que pensam em se curar.

Se você já se apaixonou de verdade, já sofreu e chorou por alguém. Já perdeu o fôlego e achou que não sobreviveria depois de um relacionamento que te marcou e hoje vive tranquilo/a sem a presença desse ser na sua vida. É exatamente isso que acontece com a bulimia. 

Os piores dias são os primeiros, parece que você não vai aguentar, os dias passam e ainda são sofridos, você finge estar tudo bem, mas está enlouquecendo por dentro, chorando pelos cantos, querendo gritar e alguns dias realmente não aguenta. Precisa se esforçar muito, muito mesmo!

A verdade que tudo passa, se permitirmos que isso aconteça.

Sim, os primeiros dias são um inferno, eu já estive lá! As primeiras semanas um sufoco, só vai começar a melhorar apartir do primeiro mês. Eu também achava impossível, mas você aguenta! Não será esse sufoco para sempre, a dor maior, a dificuldade maior é no começo! 

Muitas vezes terá vontade de desistir e vai acontecer igual aqueles fins de namoros que ao passar um mês agente volta a ligar por 3dias seguidos, por uma semana e chora e cai em recaída. "Sem você eu não vivo!". Até se fortalecer de novo, desejar algo melhor e recomeçar.

Deixe outras coisas preencherem a tua vida e teus pensamentos, se distraia para não pensar na bulimia, use roupas que valorize sua beleza, conquiste pelo carisma. Faça drenagem linfática, massagens, coma menos, corra, converse, mas se segure. Quarde dinheiro para uma lipo! O preço da Bulimia é muito mais alto! Se uma barriga chapada a fará feliz, sem que você tenha que recorrer a Bulimia será o dinheiro mais bem gasto do mundo!  

A bulimia não te merece, tenha força! Hoje não é dia de vomitar! 


Quando os primeiros dias passarem, chegarão as semanas e ao passar os meses você nem lembrará que foi tão difícil. E lá na frente quando estiver curada/o vai olhar para os outros que se encontram na bulimia e não vai acreditar que já passou por isso. 

Igual quando se olha uma foto de um ex namorado/a por quem um dia já foi muito apaixonada/o e hoje você vê que fulano/a não era tão bonito/a assim.

Texto de . Potira Marie @copyrights reserved

Posted 2nd December 2010 by Priscila Potira


Não posso afirmar com certeza nem que sim, nem que não.

Eu não me considero mais bulímica, mas sei que por ter sido viciada neste ciclo de alimentação eu tenho uma tendência a desenvolver de novo a bulímia ou outro distúrbio alimentar.

Algumas coisas também não mudaram. Mesmo depois de tanto tempo sem a doença, eu ainda tenho dismorfobia, não me vejo no espelho como as pessoas normais. Só consigo ver como eu realmente estou pelas fotos.
O espelho parou de ser o indicativo de como o meu corpo está. 
Não é fácil lidar com isso, pois gera uma incerteza sobre o próprio corpo.
Eu também presto atenção nas pessoas quando me falam que eu estou muito magra, não consigo me perceber magra no espelho, porém se eu engordar dois quilos, talvez não perceba, já que não tenho certeza se o que estou vendo é uma imagem real ou uma ilusão.

Durante estes últimos anos vivi em paz com meu peso, na maioria das vezes, como cortei a compulsão e os vômitos, eu tive mais problemas por emagrecer demais do que por engordar. Tomei os devidos cuidados para não cair na anorexia e algumas vezes até me alimentei por obrigação e não pelo prazer ou por fome. Enfim, não queria substituir um problema por outro, já que demorou tanto para sarar de uma doença, nunca quis entrar em outra. Tenho medo de qualquer vício, especiamelte aos vícios ligados a comida, ou a com falta de nutrientes.
Mas nas últimas semanas me senti um pouco deprimida, senti algumas decepções da vida e aumentei meu consumo de comida. Até hoje as pessoas me cobram muito por uma alimentação saudável e creio que eu também me cobro e tento comer bem, ou pelo menos comer 3 vezes ao dia, já que normalmente me alimento duas. Essa semana andei comendo muitos doces e besteiras andei comendo mesmo sem fome porque era horário das refeições. Comecei a sentir meu rosto inchado e resolvi me pesar. Estou dois quilos a cima do peso. Dois que podem ser 3, porque na verdade eu prefiro sempre manter 1 quilo a menos. Enfim. Não reagi natural, suei frio, me senti culpada, entrei em pânico como nos velhos anos bulimicos. Mas só são dois quilos! Poisé foi aí que eu pensei: "Será que uma vez Bulimica para sempre Bulimica?" No fundo eu acredito que não, pois deve ter havido outros dias nesses 5anos curada que eu engordei 2 quilos e com certeza não me preocupei como hoje.

A verdade é que a Bulimia tem que ser controlada e uma vez curada a pessoa vai ter que tomar cuidado e prestar atenção em comportamentos que a possam levar de volta para o quadro. Como eu falei é uma tendência, voltarmos a termos a doença, mas a preocupação exagerada não reaparece assim do nada. Talvez venha acompanhada de uma desilusão amorosa, uma decepção no emprego, uma insegurança emocional que refletem na autoestima da própria imagem.

Texto de. Potira Marie @copyrights reserved  
Posted 22nd November 2010 by Priscila Potira.
(RELATO ESPECIAL)
Parte I
Uma coisa que aprendi e que sempre falo para as pessoas que tem bulimia, é que a cura é gradativa. Eu acredito que existem pessoas que conseguem se livrar do dia para a noite da doença, apenas pela sua força de vontade. Porém não a maioria. A bulímia é mais do que uma doença. Ela é um vício. Uma rotina, uma dependência psicológica. Cada recaída é desesperador, pois ao passar os meses e os anos, a impressão é que a cura acaba se tornando cada vez mais distante de quem enfrenta a bulímia. 
 
Fiz entrevista com uns 5 psicólogos, não gostei de nenhum. Visitei duas nutricionistas e não consegui segui nenhuma dieta. Entrei no grupo de apoio na Escola Paulista de Medicina. E lá foi aonde dei o meu primeiro passo. Encontrei mulheres com o mesmo problema que eu. Isso me confortou. Descobri muita coisa da doença que eu não sabia. Descobri que os sentimentos que eu tinha não aconteciam só comigo. Naquela em época em 2002 não existia orkut, facebook, youtube. Era muito mais difícil de ter acesso a essas informações.
 
Hoje mesmo você não pertencendo a um grupo de apoio, pode encontrar pessoas com o mesmo problema em comunidades virtuais e trocar experiências. O ponto positivo é que hoje é possível procurar por ajuda sem sair de casa, pela internet. O ponto negativo é que não terá um acompanhamento de médicos e psicólogos adequado.

Não parei com a bulímia no grupo de apoio, mas entendi melhor a doença, senti vontade de me curar, mas ainda me sentia distante de uma cura de verdade. No ano seguinte o meu grupo não deu continuidade. Eu poderia ter me sentindo um caso perdido, aliás,
 eu tinha certeza que eu era um caso perdido. Eu imaginava que as mulheres que contavam histórias que estava há 6 meses, 9 meses sem bulimia eram todas mentirosas. Afinal o que elas faziam no grupo de apoio então? Confesso que no fundo, eu as invejava. Mas ouvia suas histórias e compreendia muito sobre mim mesma.
 
Parte II
Em uma das minhas crises, minha
 família ameaçou a me internar. Eu morria de medo de chegar a este ponto e sempre achei que minha mãe não teria coragem e se sentiria culpada. Eu já imaginava se o extremo acontecesse que viraria rebelde. Não falaria nunca mais com ela, sairia de casa, fugiria para o mundo. No fundo eu era uma adolescente desmiolada e sem esperança que não enxergava o desespero da minha família em me tirar dessa.
 
Fui entrevistada por uma psiquiatra a Doutora Patrícia, dura na queda e difícil de passar a perna. Digo isso porque
 eu mentia muito sobre minha doença. Menti para todos os psicólogos, menti no grupo. Nunca dizia toda verdade, nunca fui sincera de me abrir e falar. "EU VOMITAVA DE 3 A 5 VEZES NO DIA, TODOS OS DIAS!" Se eu conseguisse vomitar uma vez ao dia, já seria uma grande vitória. A este ponto eu já tinha 20anos de idade e 6 deles acompanhados da bulímia.

Eu tinha medo de terapia, eu fugia, me escondia, não gostava. Os 4meses seguidos que eu fui à doutora Patrícia, começaram a me colocar nos eixos. Ela exigia bastante de mim. No começo não fui com a cara dela, e acredito que nem ela com a minha. Mas por ter uma personalidade forte aos poucos fui sentindo a confiança que nunca havia sentido de nenhum outro terapeuta. A doutora veio com uma nova visão e apesar de ser psiquiatra, eu a adotei com minha psicóloga. O pouco tempo no consultório dela deu-se porque eu estava estudando em uma faculdade na Austrália e tirei um semestre para cuidar de mim no Brasil. Porém foi um tempo muito importante e um novo passo para a cura definitiva. Ela me prescreveu PROZAC, eu tomava 3 por dia e depois diminui para 2. Sempre fui contra a medicamentos. Porém o antidepressivo funcionou como um empurrãozinho contra a compulsão alimentar. 
 
Parte III
Passei as férias da faculdade de Natal e Ano Novo no Brasil com minha família, era o ano de 2005 começando e muitas coisas na minha vida mudaram.
 Já estava na Austrália há um ano e meio, entre altos e baixos com a bulímia. Quando voltei para o próximo semestre, eu mudei de casa, de curso, de faculdade, perdi um namorado por quem era apaixonadíssima. No começo sofri muito, descontava meus problemas no vomito. Aos poucos fui me readaptando e preenchendo meu tempo longe de casa e longe das tentações das comidas deliciosas.


Se ficasse dois dias sem medicação, eu sentia uma sensação ruim de Vico pelo remédio e uma vontade maluca de comer doces e chorar. Sabia que o remédio estava me ajudando muito, mas morria de medo de sair de uma dependência e entrar em outra. Com certeza outras pessoas também devem sentir isso. Esse medo. Se curar da bulimia também tem seu preço, mas vale a pena.

O problema é que por mais que eu me esforçasse, minha cura só durava duas semanas. 
Duas semanas era o tempo máximo que eu conseguia ficar sem vomitar. Sentia até um certo orgulho quando se passavam os 3 primeiros dias, mas no final da semana já vinha a culpa.
 Eu me sentia culpada de comer e mais culpada ainda de vomitar. 

Comecei a prestar mais atenção no que eu comia, como não tinha certeza se eu guardaria a comida dentro ou não, cortei bastante os doces e procurei uma alimentação mais saudável. Comecei a comprar comida orgânica, me interessar por legumes, arroz e coisas integrais, 
cortei carne vermelha, (hoje só como peixe). Perdi muito cabelo na bulímia e algumas comidas eu queria mesmo que ficassem dentro de mim para voltar a crescer mais cabelo, para me deixar mais bonita.


A cura de 2 semanas começou a se estender a até 2 meses. Mas a cada recaída eu achava super difícil continuar e recomeçar a contar do zero. Ficava mal durante 2semanas tendo crises de vomito 4 vezes ao dia, eu me entregava pela decepção de ter falhado e assim o ano foi passando.

Procurei fazer algo positivo no mundo, já que me sentia tão para baixo. Resolvi fazer trabalho voluntário com crianças deficientes. Quinzenalmente passava o final de semana em uma casa que acolhia estas crianças na cidade de Ballina. A vontade de ajudar alguém me fez ter mais vontade de me ajudar. Quando alguém te admira e acredita em você, faz você acreditar mais em si mesmo.
  
Parte IV
No mês de junho comecei a namorar com Australiano lindo com uma família maravilhosa que me apoiou muito enquanto eu estava lá. Para minha despedida em Dezembro marcamos uma viagem de três semanas de carro para o Nordeste Australiano. Antes de viajar eu me abri com este namorado, atitude que nunca tive coragem com nenhum outro. Tinha muito medo da reação, de ser largada, mas ele foi um doce. Compreendeu porque eu tomava o remédio, compreendeu meu defeito sem me julgar.

Ele me propôs diminuir a dose do remédio durante a viagem e tomar um comprimido ao invés de dois. Essa não é uma atitude correta, mas eu não estou contando essa história para tentar ser correta, estou simplesmente relatando a minha história. 

Fiquei com medo, mas por gostar tanto dele, por confiar tanto que ele queria meu bem, eu aceitei. Aceitei tentar e dividir isso com alguém. A viagem foi perfeita, divertidíssima, conhecemos muitos lugares, dormimos em campings, alimentamos golfinhos, visitamos ilhas, pescamos, tomamos banhos gelados, andamos de barco, de 4x4, roubamos manga do pé, nadamos pelados, rimos muito. Porém eu vomitei. Nada justifica minha recaída, a não s
er o medo de esquecer como vomitar. Eu confesso que este foi o medo mais infantil que eu tive, mas aconteceu.


Não tive compulsão, nem nada, foi realmente o medo do futuro, a falta do remédio, enfim, mesmo com tudo perfeito tive uma recaída. 

Tomei coragem e no mesmo dia, alguns minutos depois me abri com este namorado. Contei que eu havia falhado, que eu o havia decepcionado, e que entenderia se ele ficasse chateado comigo.
 (Eu já estava acostumada com este tipo de reação). Ao contrário de tudo que eu achava que iria acontecer, ao contrário do sermão de quanto à bulimia fazia mal que eu já estava cansada de escutar, este homem me apoiou. Ele simplesmente olhou para mim e disse. "Não tem problema, tá tudo bem". 
Eu fiquei sem entender nada, levei um choque com a reação dele, praticamente fazendo pouco caso da minha recaída. E foi isso mesmo que ele fez não se importou com aquela recaída com a mesma proporção que eu me importavam.
  
Ele ainda disse, que o importante não era aquela recaída e sim os outros dias que eu passei com ele na viagem sem vomitar. Falou que se até o fim da viagem eu continuasse com uma recaída, aquilo seria uma vitória. Ele enxergou o outro lado da moeda. Ele diminui o prazo de uma vida inteira sem a bulimia para 3 semanas.
 Eu percebi que eu não precisava recomeçar do zero. PORQUE EU JÁ NÃO ESTAVA NO ZERO Há MUITO TEMPO! Cada vez que eu tinha que recomeçar a contagem sem ter uma crise bulímica, era uma tristeza, um sofrimento, porque a cada recaída eu me enxergava como uma fracassada. Mas para ele não, ele já enxergava como uma vitória. Era um único dia contra 3semanas. Um único dia não poderia ter mais importância que os dias que passei bem e feliz.

Tive outras recaídas na vida, não naquela viagem, nem naquele ano, mas parei de contar. Talvez umas 4, eu já nem lembro mais o que me fez vomitar.
 Recaídas existem, mas agente não precisa recomeçar a contar do zero. O importante é prolongar cada vez mais o tempo entre elas. Valorizar cada passo até a cura. Ouvir cada palavra. Dividir uma história, não deixar de acreditar. A transformação demora um tempo, transformar um hábito, um pensamento, ter coragem. É PRECISO TER MUITA CORAGEM PARA CONSEGUIR VENCER ESSA LUTA, E AGENTE NÃO PRECISA E NEM DEVE SEGUIR NELA SOZINHA, EXISTEM PESSOAS QUE NOS AMAM OU QUE VEM QUE NEM ANJOS PARA NOS AJUDAR.

Sobre o remédio? Bem, continuei tomando 1comprido por dia. Ao voltar para o Brasil ainda fiquei um tempo com ele, voltei para o consultório da Doutora Patrícia, que depois de alguns meses me deu alta da medicação e eu não me viciei como eu temia, nem tive dificuldade de parar.


Texto de . Potira Marie @copyrights reserved
Posted 8th November 2010 by bastidores
Este é o primeiro post falando sobre EMAGECIMENTO SEM BULIMIA, COMO O ASSUNTO É GRANDE HAVERÃO OUTROS POSTS NO FUTURO FALANDO DISSO TAMBÉM E TE DANDO OUTRAS ALTERNATIVAS. 

EMAGRECER SEM BULIMIA. MEU ESQUEMA DE COMIDA (ATEÇÃO. ESSE ESQUEMA É SÓ PARA BULÍMICAS QUE ESTÃO TENTANDO SAIR DA DOENÇA SEM ENGORDAR, COMO PRIMEIRO PASSO. DEPOIS EXISTEM DIETAS MAIS BALANCEADAS PARA QUEM JÁ ESTÁ CURADA. RECOMENDA-SE QUE PROCURE UM NUTRICIONISTA)

Uma das grandes preocupações para quem quer se curar da doença é o medo de engordar.
Saber que você é capaz de manter um peso ideal e até emagrecer sem a bulimia é um sonho real pra muitas que estão em tratamento. Porém.....
Porém vai haver uma readaptação do corpo. Meu metabolismo demorava 2 horas pra começar a digestão, hoje ele é um relógio, até mais acelerado que o normal. Um dos maiores erros no julgamento de quem quer ajudar alguém com bulimia é tentar convencer a pessoa a engordar. A não ser em extremos casos onde a bulimica está com cara de anoréxica, o emagrecimento saudável é a melhor opção para a cura.
O primeiro passo é abandonar o famoso NF (no food = jejum) 
A abstinência da comida por um longo período faz com que a pessoa tenha 10 vezes mais fome lá na frente. Controlar a compulsão alimentar se torna muito mais difícil.

 No entanto a prática do LF (low food=pouca comida) pode ser boa se for praticado direito. Comer pouco e uma vez por dia, vai retardar seu metabolismo (demorar mais pra queimar calorias) Tente faz o low food diferenciado, "engane seu estomago" coma uma maior quantidade de "líquidos" deixe seu organismo trabalhando, queimando calorias por você.  Coma bastante folhas e alimentos de baixa caloria em maiores quantidades, deixe seu organismo com a sensação de satisfeito. Pra ele trabalhar melhor e você não ter mais compulsões. Coma no mínimo 2, mas o ideal seria, 3 vezes ao dia. Muitos nutricionistas aconselham até 6. 
O problema de falar para uma pessoa bulímica comer de 3 em 3 horas, é coloca-la na frente da tentação da compulsão de 3 em 3 horas. Por isso eu não sou a favor desse método. Acho que 3 vezes ao dia está ótimo.

Evite maçã, coma laranja ou tangerina! Maçã prende o intestino! Se seu metabolismo está lento, é a fruta menos apropriada. Laranja e tangerina são ótimas pra quem tem prisão de ventre. 

Nas duas vezes que for comer,
 coma um pouco de carboidrato e proteína. Não precisa ser um prato de macarronada com carne. Pode ser 2 colheres de arroz ou uma fatia de pão integral com espinafre, tofu, soja ou cogumelos. Isso é muito importante! Para ajudar a manter o seu nível de potássio equilibrado.  A falta e a deficiência desses alimentos podem fazer seu coração falhar e te levar a morte, ou a uma paralisia.

Texto de. Potira Marie @copyrights reserved 
 

Posted 17th September 2010 by Pree


A Primeira ajuda é não ignorar o fato nem a doença e nem esperar que venha do bulímico conversar sobre seu problema.

A bulimia é uma doença muito séria. Como eu já mencionei antes, o estado de saúde do paciente não é o reflexo da sua magreza (como no caso das anoréxicas) e pode levar a morte!

Segundo Passo. Cuidado com os comentários do tipo "é por isso que você está engordando, olha o quanto comeu", "que bom que você engordou um pouquinho, tá mais bonita", "Você engordou", "Vai repetir o prato? Bom depois não reclama", "Fulana engordou né", ou "Ciclana é tão magrinha, tão elegante” “vai comer tudo pra vomitar depois?”

Parece óbvio pedir isso, mas muitas famílias não se dão conta que dentro de casa existe um grande julgamento sobre o que se come e o sobre o quanto às pessoas que estão dentro e fora de casa engordou ou emagreceu.

Terceiro passo Não ignorar a importância que o corpo tem na vida da pessoa doente.
Se você chegar falando que muito magro é feio, ou que, o que importa é beleza interior, vai se tornar cada vez mais uma peça distante da visão do bulímico. Tente um outro argumento, do tipo

 “Eu compreendo o quanto ter um corpo perfeito é importante pra você, mas esse meio pode te levar a morte, de deixar paraplégica, sem cabelo, sem dentes. Você quer ser uma magrela careca e com dentes podres? “

" Quero te ajudar a sair da bulimia sem que você engorde com isso", "deve haver outro meios, vamos pensar junto".

 “Conte comigo, fale comigo", "Fico triste em te ver assim, mas ficarei mais triste se você não confiar em mim, não dividir seus medos comigo, vamos procurar ajuda junto”

Quarto Passo. Evitar comprar grandes porções de alimentos e armazenar em casa, literalmente trancar ou esconder do bulimico.

É uma atitude dramática mesmo para família, mas quanto menor a tentação de comer compulsivamente no lar, caiem as chances das crises.


Quinto Passo. Evitar levar o bulimico para restaurantes de Buffet e rodízio! Pelo mesmo motivo da tentação compulsória.

Sexto Passo. Fé
Não importa a religião, mas já foi cientificamente provado que a fé é uma importante peça em qualquer tratamento. Reze, acenda velas, pule de um pé só, pague promessa, não importa o que você faça para ajudar, mas acredite! Acredite na cura!

Sétimo passo. Se informe, compreenda, se coloque no lugar do bulimico.
Nada melhor que a informação para abrir nossos olhos. Estude, converse com outras pessoas que tem a doença, com especialistas. Não tenha medo de ser leiga/o sobre o assunto, quem se julga saber de tudo, ainda não sabe de nada.

Oitavo Passo. Converse!
Não guarde a dor só com você, converse com quem você ama e confia. Divida seus medos com o ente querido que esteja bulímico, fale com ele/a. Deixe um canal aberto entre vocês para que ele/a também te procure quando precisar desabafar. Aumente o laço de amor e confiança entre vocês

Nono Passo. Procurar um especialista em transtornos alimentares. Vale lembrar que há vários tratamentos em grupos no Brasil que são financiados por universidades federais, sendo assim o custo do tratamento é zero.

Quem tem bulímia morre de vergonha de falar da doença e se expor na frente de estranhos pode ser muito difícil. Por isso é preciso o apoio familiar para que ela ou ele converse com um especialista e procure um grupo de ajuda o mais rápido possível.

Décimo passo. Paciência!

De todos estes é o mais difícil, pois a família quer uma cura imediata, imagina que em um ou 2 meses o ente querido vai sair do quadro. O tratamento pode demorar anos. Recaídas serão normais, vai te dar um desespero, uma angustia, mas é melhor você não se iludir. É melhor que o bulimico/a que você ama tenha a doença controlada, do que esconder de você.

Acredite desacreditando nas curas do seu ente querido. Lembre-se que ele ou ela pode estar a 2 meses sem vomitar e isso não significa a cura, existem as recaídas. Uma pessoa bulímica tem o hábito de mentir sobre sua alimentação e sobre os episódios de vômitos. Fique atento/a!

Texto de. Potira Marie @copyrights reserved
Posted 14th September 2010 by Pree
Uma das coisas que percebi, foi que, mesmo fora da bulímia, eu tinha atitudes e que eram parecidas com meu comportamento "bulímico".
Pra quem conhece a doença de longe, entende que bulimía é comer e vomitar. Bulímia é além disso. É um comportamento. Vou tentar explicar como a doença funcionar e o sobre o seu ciclo.

Uma pessoa bulímica sente um enorme vazio dentro de si, junto com este vazio existe também uma forte cobrança. Este vazio pode estar ou não relacionado há várias horas em jejum, e esta cobrança pode estar ou não ligada ao perfeccionismo do corpo. Porém muitas vezes nem o próprio paciente se dá conta que o vazio físico é apenas reflexo de um sentimento interior. 

 
Este vazio pode também ser psicológico e a compulsão da comida vem suprir tanto a parte emocional, como a física. Quem está triste e carrega um vazio,
 também carrega dor, talvez uma dor e uma cobrança que sufoca. 

O ato de vomitar alivia o peso da cobrança por um corpo mais magro e também alguma parte emocional que está prestes a explodir. E assim você entende a razão do alívio e a felicidade de praticar o ato bulímico.

Fora o comportamento "bulímico amoroso" que comentei antes no outro post. É curioso ver que eu sempre vivi nos extremos em relação à arrumação, por exemplo, sempre deixando as coisas para o último momento e exagerando na limpeza quando eu resolvia me mexer.

Mas o que isso tem haver com comer e vomitar?
Tudo!

 

A partir do momento que não se tem uma disciplina na comida, talvez não se tenha uma disciplina em outros aspectos da vida e fica aquela a ilusão do controle, vivendo sempre nos extremos.

Exemplo 1. Disciplina da arrumação
Eu deixava o quarto ou casa bagunçada e quando ia arrumar queria fazer faxina, separar as roupas por cores, eu exgerava. Eu não arrumava um pouquinho todo dia, eu sempre deixava pra arrumar tudo de uma vez só, perdendo horas, sendo detalhista.
Exemplo 2. Disciplina para entregar um trabalho. 
Eu não me preocupava em dividir o trabalho na semana, eu deixava sempre pra última hora e passava a madrugada trabalhando e querendo fazer tudo de uma vez e perfeito.
Exemplo 3. Disciplina de horário
Eu tinha e tenho até hoje dificuldade com horário, deixo até o último minuto pra sair de casa e quero correr com o carro para chegar a tempo.

Quem não tem disciplina na comida, não segue os horários das refeições, vive uma montanha russa também em outros aspectos da vida. Seja ele no relacionamento, na arrumação, no horário, no trabalho, não dá pra generalizar. Mas em algum outro lado, o bulímico estará também indisciplinado. Querendo consertar e dar o melhor de si sempre no último segundo, chegando a ser até perfeccionista de último instante.

Texto de . Potira Marie @copyrights reserved
Posted 13th September 2010 by Pree
A bulimia que causa depressão ou seria a depressão que te leva à bulimia? 
Quem vem primeiro o ovo ou a galinha?
Em algum período da doença o bulimico/a vai encarar o medo, a solidão e o desespero.
Vai se deparar com um vazio inexplicável e se sentir incurável.
 A depressão vem e vai como as recaídas.

Assim como a ansiedade que sufoca e uma vontade de gritar absurda, mas o corpo se controla para não perturbar os vizinhos. A comida entra e sai em um ritmo acelerado. Milhões de coisas parecem entrar na cabeça ao mesmo tempo. Só mais uma vez e muitas últimas vezes se repetem.

Em um quarto sozinho, ou em um banheiro trancado.
As incertezas tomam contam. Porque não existe uma mágica para encher o corpo de energia e vontade?
Eu sei que o esporte é um grande aliado na cura da depressão, mas tenho preguiça só de pensar em caminhar pelo jardim. Posso me exercitar pela internet? Posso me exercitar limpando a casa?


Sim limpando a casa, arrumando o quarto, aliás, não espero que ninguém depressivo saia de casa para fazer corrida. Isso seria exigir demais. Mas a faxina no próprio quarto seria um grande começo e um ótimo exercício para a mente e para o corpo.


Não vomito há anos, mas ainda tenho medo de tantas coisas. Quando encaro uma incerteza, me recolho. Verdade que muitos de nós que passamos pela doença ou que ainda se encontra nela temos uma tendência a ter depressão. Nunca caí em depressão profunda, mas às vezes me sinto fazendo corpo mole, sem vontade de sair de casa. Tem horas que quero sumir um pouquinho não atender ninguém.


Eu queria fechar meus olhos e quando abrisse visse todas as coisas que mais quero na vida resolvida. Mas nada é fácil. Nem a cura, nem as conquistas antes ou depois da cura. Nessa hora eu só lembro de uma coisa. Sem esforço não há vitória.

Texto de . Potira Marie @copyrights reserved
Posted 12th October 2010 by bastidores
  
Existe uma sensação que pra mim é pior do que 1quilo a mais na balança. A Sensação de que comi demais. Chega a doer o estomago, os enjoos aparecem sem esforço. O desconforto é inevitável. É normal uma pessoa Bulímica exagerar na comida. Aliás, o nome Bulimía vem da frase "fome de boi". E cá entre nós se sentir como um boi gordo não é nada gostoso.

O desconforto é físico e não apenas psicológico.
 Semana passada eu exagerei na comida, já tinha comido um lanche e aceitei o convite do meu namorado para jantar no sushi. Comi de gula, por prazer e acabei comendo mais do que meu corpo está acostumado. Suei frio, passei mal. Deitava na cama e nenhuma posição me era confortável. 
  
Passei a noite inteira tendo pesadelos horríveis. Acordava no meio da noite e sonhava outra coisa bizarra. Não me lembro ao certo, mas acho que devo ter tido uns 4 pesadelos só naquela noite. Exagero? Confesso que não.

Sentir-se cheia pode ter vários significados. Podemos estar cheio da vida, das pessoas, das aparências e não só de comida. Estar cheio não é uma boa sensação. É SUFOCANTE EM TODOS OS ASPECTOS!!! Evitar a chegar neste ponto é uma grande solução. Mas como reconhecer quando estamos perto do perigo? Como controlar os impulsos? OBSERVANDO E TREINANDO. Evitando em estar em situações perigosas que te coloquem a prova.Se você não é capaz de recusar um prato de comida que te colocam na sua frente, não vá a um lugar que vai ter comida a sua frente, ou recuse o prato. Se não é capaz de parar de comer até acabar o pacote de biscoitos, compre um mini pacotinho de 2 unidades!

Eu sei que nessas horas o vomito é uma válvula de escape e é como espremer aquela espinha dolorida que tanto incomodava, é como desencravar uma unha...... ufa, que alívio! Mas assim como espremer espinha deixa marcas, vomitar e usar laxantes também!
Posted 25th May 2011 by Priscila Potira.
A Bulimia é uma doença que destrói a autoestima. Primeiramente a pessoa não se acha capaz de emagrecer, depois não se acha capaz de se curar e por último, a pessoa se esconde do mundo por vergonha da sua condição.


Quando eu tinha bulimia, me sentia o oposto do que eu mais queria ser. Sentia-me gorda, dependente e doente. No entanto, meu maior desejo era conseguir ser magra, livre e saudável. Não me lembro de quadros depressivos extensos em minha vida, mas vivi uma montanha russa de emoções. Sentia-me muito triste com minhas recaídas e mais tristes ainda com qualquer dois quilos a mais.
  

As pessoas julgam que os “pequenos” motivos como dois quilos a mais, não são o suficiente para deixar alguém doente e nem merecem tanta atenção. Porém algumas das pessoas que enfrentam a bulimia ou a anorexia preferem perder uma perna, ou morrer ao ter que viver acima do peso.


Não são os motivos que são pequenos, apenas as pessoas que tem percepções e sensações muito distintas de alguém com distúrbio alimentar.

A “prima” da bulimia, a famosa anorexia é campeã mundial em índice de suicídios. Tanto o voluntário quando há a intenção de se matar, como o involuntário, quando a pessoa morre antes do tempo por atos irresponsáveis.

Nenhuma razão deve ser ignorada ou taxada de fútil. Compreender o valor e a dinâmica que um quilo a mais tem na vida de alguém com transtorno alimentar é uma difícil missão para qualquer terapeuta. Porém dentro desse quilo a mais pode estar o peso de uma vida inteira e a imagem corporal pode ser apenas um símbolo de dores, incertezas e traumas.
Posted 2nd August 2011 by Priscila Potira.

26 comentários:

  1. GRITO DE SOCORRO; CLÍNICAS PARA TRATAMENTO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES. AUTORIDADES E
    RESPONSÁVEIS ACORDEM.

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    1. Isso mesmo, precisamos de Clínicas especializadas URGENTE, para SALVAR SIM MILHÕES DE PESSOAS COM BULIMIA. Mas ainda não obtive respostas de autoridades e nem sei ao certo onde procurar por este tipo de ajuda. Mas não vou desistir, se desistir, estou desistindo da minha filha. Vou a luta e sei que vou conseguir. Obrigada por GRITAR POR SOCORRO, quem sabe pessoas que se importem escute e ajude!
      Luciana

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  2. Na verdade o assunto "bulimia" é pouco conhecido e discutido pelas pessoas. Eu mesma tinha uma outra visão do problema e fiquei impressionda com o que li. Seu blog foi ótima ideia, Luciana. Parabéns. Rosinei

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  3. Tenho bulimia e sei bem oque é isso, posso garantir a vocês o quanto é difícil sair dessa, é um vicio dominador no qual se tornamos escravos dele.
    muitos não entendem, acha que é fácil se curar, mas afirmo que não!
    esse blog ajudou muito, eu principalmente me sentir com mas força pra enfrentar essa guerra.

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  4. Força! É tudo o que posso dizer.

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  5. Eu tenho bulimia há 8 anos e sofro demais por causa disso.. Eu era gordinha e meus pais nao gostavam, resolvi emagrecer e consegui somente com minha forca de vontade.. Mudei minha alimentação.. Mas meus pais achavam q eu estava magra demais e me obrigavam a comer...era brigas e brigas ate q cansada comia e depois vomitei. Lembro como se fosse hj porque foi a parti desse dia que meu sofrimento começou . Eu nao conseguia parar mais, me sentia o ser humano mais desprezib desse mundo: eu tinha família, amigos, estudava e tanta gente sem nada mas que era feliz e nao nao era: tdo mundo elogiava a minha forca de vontade em emagrecer,eu era a melhor aluna mas sempre estava faltando algo pra agradar os outros.quando minha mãe descobriu minha vida virou um inferno, EKA se voltou contra mim, me humilhava e a gente vivia brigando.. Ela dizia que era falta de vergonha na cara e eu sofri...fui piorando ao longo dos anos e queria morrer o tempo todo ate q um dia tentei me matar...mas obrigada por minha mãe fiz tratamentos ... Inúmeros.. Médicos, psiquiatra, nutricionista, psicanálise...eu me sentia um monstro pq nao conseguis melhorar com nada minha mãe gastava o dinheiro dela e eu o meu... Torrava tdo com comida...era muito ruim eu queria ter uma coisa mas a única q podia ter era comida...fui aceitando a doença, aceitei os tratamentos e nao estou curada... Mas hj quero me curar... Pq antes( nao posso mentir) eu gostava de vomitar...eu nao tenho vontade de comer .. Eu tenho eh vontade de vomitar.. Fiquei com hipertrofia de parotidas e meu intestino parou de funcionar MAM com alimentação saudável e academia...esse eh meu maior problema hj... Com o rosto inchado e barriga tb eu tenho vontade de vomitar... Eu notei o seguinte: qdo consigo ir ao banheiro meu rosto desincha, qdo vomito muitas vezes ao dia muito... Queria saber se vcs tem como me ajudar em relação a isso...pq qdo fico bem reduz muito a vontade de vomitar... Com o rosto inchado e constipação eh quase impossível... Fiquem com deus!

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    1. Olha comecei com a bulimia de 14 para 15 anos hoje tenho 17 acabei de completar sinto muito triste as vezes por não estar curada totalmente mas vomitava 38 vezes +- por dia e hoje vomito mais ou menos 2 vezes no máximo por dia , sinto tb inchada e quando vou ao banheiro sinto desinchado só que vomitar é sim um grande problema , e lidar com a situação de agradar os outros de ver todos bem e nós não , de sentir o preconceito o julgamento das pessoas não é fácil não mesmo , quando você quiser uma melhora quando você enxergar que precisa de ajudar é o primeiro passo , o segundo e acreditar em você , você consegue mas só você pode enxergar e acreditar , continue fazendo terapias ajuda muito pois gente profissional e de fora ajuda muito mais do que amiga mãe. pai, família , hoje com esse tempo da doença já sinto muito as consequências , e imagino como você sente e como seu organismo tb sente ! A ajuda da família é essencial , mas quando um membro n mostra tanto a ajuda e difícil tb mas as vezes é preocupação demais que acabam n sabendo expressar , é importante que os pais façam a terapia tb psicológica ! Acredite em você não deixe que ninguém te desanime !Ah sabe o que descobri que e muito bom?! Mude um pouco a rotina , procure fazer coisas que você gosta coisas que te fazem bem que te agrada não que agrada os outros . Procure estar com pessoas que te fazem o bem e que você gosta !As vezes quando você ver a comida não desespere pense ponha pouco segere a ansiedade e nervosismo coma devagar , não vá em lugares que tenha muita comida até que você esteja preparada para ir e comer pouco , quando comemos pouco não temos esse desespero , agora quando comemos muito ficamos inchadas e precisamos vomitar , outra coisa que ajuda muito quando regular mais a alimentação comer menos etc faça uma atividade física , se gostar de dançar , caminhar , academia , andar de bike , faça algo relacionado com o físico pois ajuda muito na mente tb ! vc é de qual cidade ? tenho contatos que vão te ajudar e não vão te olhar com olhares diferentes te garanto experiência ! Fique com Deus acredite em você tenha fé ! bjs

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    2. Sou de São Paulo...Também sofro com a bulimia a mais de 10 anos...e o pior sou profissional da saúde....Conheço as consequências...Estou fazendo tratamento com psiquiatra...mas estou com dificuldades para tratamento com o psicólogo....esse seu contato é daqui de São Paulo?

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  6. Há muito tempo faço terapia e Eu sempre dizia a ela que queria querer sair dessa situação.. Pode parecer engraçado mas eu sei o qto eh ruim ser assim, sei tdos os problemas q traz e quero sair dessa vida mas eh como me faltasse forca.. Esse eh o meu grsnde problema.. Eu nao nego a doença mas nao tenho forca qdo vem as tonturas, o inchaço, a dor de cabeça insuportável, a agitação ... Todos esses sintomas me vem e eu nao agüento...agora depois q entrei nesse blog e vi q eu nao To sozinha já diminui meus vômitos e qdo vomito como menos...outra coisa q me incomoda muito eh pq eu vivo descontrolando as contas pq gasto tdo comprando comida pra vomitar e minha mãe briga e me sinto culpada por gastar e por decepcionar ela...eu faço exercício, me alimento saudável , meu problema eh q tenho vontade de vomitar e nao de comer... As vezes vomito Agua e cafe pra limpar o estômago...sinto como se cada dia uma parte de mim fosse embora...obrigada por responder.. Fiquei muito feliz.. Espero q vc tb consiga a vitoria q todas nos queremos .. Estou orando por todas nos... Fica com deus!! Bjos

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    1. Então; estou muito feliz também em saber que de alguma forma real, estamos ajudando você. Eu sou a Luciana, a mãe que criou o Blog para minha filha desabafar e tentar ajudar e se ajudar. É tão gratificante saber que o Blog que é de vocês e que está
      fazendo vocês melhorarem. Estamos aqui prontas para te ajudar, sempre. E se quiser contatos maiores, temos essas opções no Blog. Um enorme beijo. Aguardo seu contato.

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  7. Eu sou de alfenas vc conhece alguém daqui?!

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    1. Não conhecemos, mas vamos buscar para você. Minha filha que tem a Bulimia e a Anorexia, vai procurar saber com os profissionais que a atende, se eles indicam alguém aí e Alfenas. Logo daremos o retorno.

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    2. Muito obrigada! Tenho medo de alguém que conheço me descobri.. Se possível me passa seu email que mando meus contatos! Bjos

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  8. Escreva no e-mail do Blog, .bulimiaacadadia@hotmail.com. Aguardo seu contato. Luciana e filha da Luciana

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  9. Olá!!! Preciso de ajuda. Tenho 38 anos e sofre de bulimia ha 12 anos. Não quero morrer por causa dessa doença, mas não consigo me controlar. Não tenho mais vida....não tenho trabalho, não tenho vida social, não tenho nada. Só como e vomito durante os dias que se passam. Sobre o grupo de apoio na Escola Paulista de Medicina como faço para participar? Onde mais, aqui em São Paulo - capital, posso buscar ajuda e uma cura definitiva? Beijoss a todos.

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  10. Obrigada por compartilhar!!
    Estamos juntas
    Estou sendo acompanhada mas mesmo assim, nao é nada facil!
    Fiquem com Deus!

    <3

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  11. na verdade eu acho que estou com bulimia pelos sintomas da bulimia e me identifiquei com todos menos com o que come de mais por que eu não como quase nada e o pouco que eu como vomito hoje nem preciso provocar vomito sai automaticamente,faço bastante regimes,faço aerobica e tudo o que for pra emagrecer minha preocupação é que até agua eu estou vomitando começei o tratamento mais parei de fazer

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    1. Amiga, calma... Não precisa de tudo isso para emagrecer! Me sinto completamente desesperada, te entendo completamente, algumas vezes eu tb vomito, só que até água é de mais... Esta fazendo algum tipo de tratamento? Posso parecer meio grossa, mais o que eu sempre penso antes de vomitar ou tomar qualquer tipo de medicamento é: o que adianta estar magra sem vida? Por favor procure ajuda urgente! Isso é muito perigoso, sei como se sente mais este não é o melhor caminho para resolver nossos problemas :/

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  12. Tenho uma dúvida, eu sei que estou gorda e e estou emagrecendo. Nos últimos 5 meses consegui perder 11k, estou controlando minha alimentação faço academia todos os dias e tomo alguns termogenicos e diuréticos. Não costumo vomitar depois das refeições, fiz isso poucas vezes, quando tem aquele almoço em família que não dá para escapar ou depois de um fim de semana exagerado com os amigos! Isso me considera bulimica? Devo procurar algum tipo de ajuda?

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  13. oii preciso muito de ajuda não consigo mas me controlar as vezes fico uma semana sem comer nada depois passo dias comendo tudo que vejo pela frente e depois vomito tudo e volto a comer tenho vontade de me matar odeio me olhar no espelho me acho uma perdedora por não consegui me controlar tenho vergonha de contar para alguém que isso esta acontecendo comigo nao sei mas o que devo fazer. por favor me ajuda!

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  14. tenho 33 anos, e sofro de transtornos alimentares desde os meu 14 anos, a minha família fala que é coisa de doido e tenho que aprender a viver. Ja sua casada a 16 anos, o meu esposo, acho que ele sabe, mas finge que não vê.Não tenho a quem, recorrer, peço que me ajudem a sair desta. estou cançada e quero viver mais e melhor.

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  15. Tenho 32 anos e vivo com a bulimia desde os meus 20 anos. Ao longo de todo esse tempo, o que inclui faculdade de engenharia, estágios, a vida profissional com viagens e claro, períodos com a família, férias e também apenas os finais de semana, a doença sempre, mas sempre esteve presente. E de forma secreta. Eu realmente me tornei e ainda sou especialista em esconder a doença... Já namorei durante alguns anos, viajei várias vezes com esse namorado que hoje é meu marido e não dei nenhuma, mas nenhuma suspeita dos comportamentos e episódios de comer demais (as vezes nem tão demais assim) seguido do vômito. Não preciso dizer que a culpa e sentimento de fracasso me dominam todas vezes que os episódios acontecem. E o pior é que ao longo do tempo, eu me avalio e tenho certeza de que esse vício conseguiu (ou melhor... eu permiti?) se entranhar em todos os aspectos da minha vida. Conseguir manter esse vício em segredo, bem, mas beeem oculto também contribuiu para que ele se perpetuasse. Vamos dizer assim....se meu marido me “pegasse” ou me disse que já sabe que eu faço isso, eu talvez me sentisse culpada e mais obrigada a trabalhar para vencer a doença? Mas acho que se ele me falasse: “olha, então quer dizer que todas as vezes que fizemos aquele almoço gostoso, todas as vezes que fomos àquele restaurante caro e legal, todas as vezes que eu comprei coisas que você gostava, todas as vezes que eu comprei todos os ingredientes para você fazer algo para nós dois... depois você ia para o banheiro e jogava tudo fora?” – eu acho que eu perderia o chão... porque na verdade é isso que eu fico pensando depois de todas as vezes que eu saio do banheiro.....
    Eu tenho plena consciência do tempo, dinheiro e esforço que fazemos quando temos essa doença. Mas o mais difícil é “olhar para trás” e ver as coisas que conquistamos com tanto esforço na vida, como passar numa universidade boa, ter um bom trabalho, ter conseguido organizar sua festa de casamento, ter um lugar legal para morar, ter condição financeira para ter lazer, fazer cursos e viagens, academia enfim.... e não-con-se-guir-se-or-ga-ni-zar para se livrar dessa doença.... Eu ainda estou numa situação muito dura da doença... tenho episódios diários, intercalados com alguns dias (uns 2 dias na semana) sem fazer isso.... depende se o dia “permitirá” se eu conseguirei me esconder e ter algumas horas sozinhas no meu apartamento para praticar com tranquilidade o vício. O mais impressionante é que tenho dúvidas se compro um brinco ou uma blusa que podem custar uns R$ 40,00, mas no supermercado eu gasto a mesma coisa em pães, pizzas, biscoitos, salgadinho e por aí vai.....
    Eu fique mais confortável e não me senti mais tão sozinha ao ler todos esses comentários e postagens.... tudo o que todas descreveram eu pude me identificar... obrigada por terem se expressado e acredito que essa troca de desabafos, experiências e angústias poderão de alguma forma nos fortalecer para irmos em busca da cura...

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  16. http://blosque.com/copias-na-internet-nem-tudo-e-plagio/

    Por favor, entre em contato comigo urgente, sei que vc usou meus textos para ajudar outros, mas eu trabalhei em cima deles e os criei sozinha para criar um livro de auto ajuda.

    Eu te peco a gentileza de retirar meus textos do ar. Pode usar apenas 15% da parte do texto, com o link do blog logo no comeco do texto e nao no final. Caso queira manter entre em contato aamicas@live.com Obrigada.

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    1. Endereço do blog
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      www.miabulimia.com

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  18. A minha irmã tem bulimia já faz um ano. Não importava o quanto eu e minha família falavamos pra ela o quanto é errado ela não melhora.😭 A minha mãe está com depressão por causa disso e isso está nos levando a loucura.
    Agora que eu li esse site vou tentar mudar para apoiar a minha irmã e ajudar ela a mudar. A minha mãe só põe ela pra baixo e as vezes eu não discordo. Sabe, é tão difícil olhar cada dia pra pra ela e ver ela assim(magra,fraca,infeliz consigo mesma). Quando pequena ela era acima do peso ,porém sempre alegre. Mas o bullying e baixa auto-estima fizeram isso com ela. Odeio as pessoas que machucaram ela com palavras pesadas. Odeio o que ela faz consigo mesma, trancada no banheiro o dia todo.
    Eu não sei mais como ajudar ela. Preciso ver ela feliz de novo. Eu amo minha irmã e quero vê-la feliz e saudável.

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Obrigada por estarem aqui, é muito importante para mim, saber que pessoas importantes como você buscam e se importam assim como eu. Volte quando quiser e achar necessário.