sexta-feira, 29 de junho de 2012

MEU PRIMEIRO RELATO


Vou tentar colocar aqui nessas linhas um pouco do que temos vivido; os ensinamentos para cuidar de uma pessoa com a doença, dicas, e assuntos importantes, tudo bem resumidamente, mas com conteúdo e entendimento necessário.  Penso até que será útil para divulgação no Colégio e no mundo.

A maior parte das informações está relatada de acordo com o que vivemos com a minha filha, que tem os transtornos alimentares, bulimia e anorexia.
OBS: Todas que tem anorexia têm bulimia. Não significa que são transtornos alimentares iguais, mas um leva ao outro.

Distúrbios Alimentares
O que a família precisa saber:
Admita que tem um problema grave em casa. Saiba que a taxa de mortalidade e complicações físicas são altas. Às vezes as melhorias iniciais não representam avanços concretos. Cada dia de atraso no tratamento pode representar um risco no aumento da cronificação do quadro. Geralmente a família sofre porque não consegue ajudar. A necessidade de controlar o peso e a alimentação, bem como os cuidados para que o doente tome a medicação certa, são batalhas diárias. As recaídas e o isolamento social são frequentes. Raramente o tratamento vai até o final com o mesmo médico ou terapeuta que diagnosticou a doença. A pressão dos pacientes em mudar de profissionais, associada à ansiedade das famílias em ter resultados rápidos, faz com que a troca de profissionais responsáveis pelo tratamento ocorra com frequência o que retarda o processo. Deixe claro que você se preocupa. Demonstre que a sua preocupação está relacionada com a saúde física e emocional da pessoa. Deixe claro para o paciente que se trata de salvar sua vida, quer ele queira ou não, você sempre vai estar ao seu lado e participar do seu processo de tratamento.

Duvidas mais comuns:

Estamos diante de uma doença?
Sim. E uma doença grave!
Pais, familiares devem ficar atentos aos sinais. Como eu fiquei. Mudanças no comportamento, dietas que não difere das amigas do Colégio, menos comunicativa, muito exercício físico, estes são alguns sinais de alerta.

É um capricho?
Esta é a pergunta feita pelos pais que acreditam que o comportamento da sua filha deve ser isso mesmo. Apenas um capricho, uma mania de adolescente.
Estamos diante de filhas que sempre se comportaram de maneira normal, como se espera, nunca causaram problemas em casa. E agora, repentinamente, tem atitudes inesperadas para os pais.
Muitas vezes existe uma alteração na personalidade, às vezes são hostis e agressivas, e a harmonia familiar se abala.
Os pais sempre devem prestar atenção a estas mudanças de comportamento.

Devem ser problemas de adolescência?
Muitos pais pensam que esta situação se resolverá com o passar do tempo, que é apenas circunstancial.
Seu interesse por ficar magra não difere da maioria das pessoas. Pensam: Afinal, não deve ser nada demais, porque todas as garotas fazem dietas. São questões de saúde, pensamos.

O que eu fiz de mal para que isso acontecesse? Quem é o culpado?
Chegamos ao ponto em que a situação é quase insustentável. Não sabemos mais como ajudar, o que fazer. O que se passa com a sua filha, e com sua família. Tudo se torna um caos, não conseguimos controlar a situação. Então os pais se perguntam: O que fizemos de errado? Aonde falhamos?

Se eu falar com minha filha, ela entenderá e mudará de atitude?
Esta é uma das últimas tentativas para reverter à situação. Lamentavelmente não dá resultado. Sua filha não reconhece que está doente, não tem consciência da doença. Por isso não quer se curar. Só alguém que se percebe doente, busca a cura. No caso da minha filha ela tem consciência da doença, busca a cura há um ano, mas não é tão simples assim; entendem não é tão simples assim.
 Você não deve se esforçar no sentido de tentar convencer sua filha. O melhor caminho é buscar uma solução efetiva através da busca de um especialista. Este é o caminho mais seguro para se preservar a saúde. O DIAGNOSTICO E TRATAMENTO PRECOCE DO PROBLEMA.

Minha filha tem anorexia e bulimia?
Anorexia
Tenho conversado muito com pais que tem filhas com esses transtornos e eles perguntam se algumas condutas das suas filhas são na realidade caprichos de adolescentes, se obedecem a crises de identidade ou se são comuns a todas as garotas.
Muitas vezes não associamos algumas atitudes que isoladamente não são importantes, mas que em um conjunto podem confirmar uma Patologia Alimentar grave: a ANOREXIA NERVOSA.
Resumirei brevemente algumas alterações físicas que a doença produz atitudes frente à comida típicas da anorexia, e também condutas sociais próprias da doença. É oportuno salientar que quem sofre de Anorexia não reconhece estar doente, tem um medo intenso de aumentar de peso se veem gordas. Estas três razões básicas se potencializam e dão como resultado uma obsessão Por emagrecer que não tem limites. É necessário então aprender a detectar a doença. Não duvide que conhecer a Anorexia, e aceitar que sua filha possa ser vitima desta doença, seja o primeiro passo para o tratamento.
Bulimia
A Bulimia Nervosa é uma doença que pode ser chamada de segredo que mata. É muito difícil detecta-la, porque na maioria dos casos não existe um peso significante baixo para chamar a atenção, como no caso da Anorexia. As condutas patológicas altamente secretas daqueles que têm a doença, não permitem perceber com facilidade um sinal de alerta que nos indique uma possível doença. O comer escondido nos impede de detectar os atos de voracidade. A compulsão é uma conduta que se pratica escondido.
Na maioria dos casos é assim que funciona, mas com a minha filha, ela come sim muito escondido, a casa toda, compro 10 pães, para a noite e manhã, e quando assusto sumiram os dez pães em questão de minutos, digamos ao certo, cinco minutos dez pães são consumidos vorazmente.
O abuso de laxantes, vômitos, diuréticos e/ou anorexígenos também se oculta. Mas quem detecta estas condutas? No caso da minha filha, ela até então não tomou nenhum destes medicamentos e nem provocou o vomito, simplesmente o cérebro condicionou a vontade de permanecer magra, de que o estomago está muito cheio, e assim automaticamente ela põe para fora todo o problema, sem esforço, sem força, mas com dor, muita dor e amargura. Sei de todos esses detalhes porque ela me deixa a par de tudo, ou quase tudo, me relata seu dia com detalhes, sem eu precisar pedir que ela se desabafe e alivie a sua dor.
A Bulimia nos esconde os seus atos. Devemos então a nos converter em observadores, prestar atenção a mínimos detalhes que podem ser reveladores, devemos aprender a detectar a Bulimia.


Os argumentos mais comuns de uma filha doente:
“““ “““ A “verdade universal” que todo doente de Anorexia e Bulimia proclama é muito difícil de rebater para quaisquer pais, por isso devemos prestar atenção especial na frase:” ESTOU BEM”, isto é o que elas afirmam. E esta é a base da sustentação da doença. Também merecem uma breve análise as argumentações que comumente utilizam para justificar as condutas patológicas, abaixo consideram algumas delas:
-Estou saudável. Não estou doente: temos que levar em conta que a paciente não tem consciência da doença. Além disso, pode apresentar algum grau de distorção da imagem corporal (se vê gorda, e quanto mais magra, mais gorda se vê). O medo de engordar está presente. E a combinação de todos estes fatores, resulta em uma atitude defensiva, frente à possibilidade de qualquer tipo de alternativa terapêutica de tratamento que a engorde. Diante desta situação, ela sempre negará a doença, e nunca estará disposta a uma consulta com o médico, psicólogo, ou com o nutricionista. No caso da minha filha, ela busca ajuda desde que se viu com Anorexia e Bulimia, tem atendimento com psicólogos (2), nutricionista, Cardiologista, psiquiatra, endocrinologista, gastroenterologista, homeopatia, dentista, dermatologista, mais um núcleo chamado NIABE, no Hospital das Clínicas, indicado pelo Colégio P, com a ajuda da Coordenadora.
-Quero engordar, mas...
-A comida me cai mal. Não estou bem do estomago...
-Agora sou vegetariana...
-Minhas atividades me impedem de comer em casa...
-Tenho dificuldade de ir ao banheiro, por isso tomo laxantes...
-Não sou mais criança para que me controlem...
-Não quero que ninguém entre no meu quarto...
-Não aos tratamentos...Promessas...Estou bem; estou melhor;prometo que vou comer, etc...
OS TRANSTORNOS ALIMENTARES E A FAMÍLIA

Uma família que se defronta com um membro afetado por um transtorno alimentar se transforma no local propício para a falta de comunicação, silêncios dolorosos, recriminações tardias, sentimentos de culpa, e frequentes promessas de mudanças. Por isso a família jamais deve ser culpada da doença. Mas sim reconhecer a responsabilidade de si mesma no problema. Este reconhecimento da família como parte e não causa da doença faz parte do processo de tratamento do paciente. Muitos pais têm dificuldade de entender que sua filha, não deseja ser como uma modelo. Ela deseja emagrecer até morrer.
O envolvimento e tratamento da própria família é fundamental porque ao se confrontarem com um transtorno alimentar, a família é abalada.

QUANDO O TRATAMENTO DA EMERGÊNCIA É NECESSÁRIO

·         Perda rápida do peso, tal como mais de 8 quilos em um período de quatro semanas.
OBS: Nesta crise que minha filha está ultrapassando agora, ela perdeu cinco quilos em quatro dias, somando em uma semana sete quilos.
·         Uso descontrolado de medicamentos.
·         Depressão e ou sinais que indicam que pode ferir-se.
·         Taxa de coração lenta.
·         Esgotamento, exaustão.
·         Espasmos musculares dolorosos.
·         Cansaço rápido ao exercitar-se.
·         Volume de urina diminuído.
·         Desmaios.
·         Desequilíbrio severo dos eletrólitos. (Geralmente causado por vômitos).
Nesta crise, recaída de agora a minha filha teve seis dos itens de emergência citados acima.

ABANDONO AO TRATAMENTO

Existem dois tipos de não resposta.
Refrataria: pacientes que não tem nenhuma resposta ao tratamento.
Parcialmente responsivas: pacientes que permanecem com bulimia em menor grau, ou, alternando de melhora e piora.
Existem muitos casos de abandono ao tratamento, 60% ABANDONAM O TRATAMENTO, NO PRAZO MÁXIMO DE seis MESES.
As pacientes abandonam o tratamento por não melhorar; seja por falta de interesse em para os episódios bulimicos e comportamentos compensatórios, ou incapacidade de conseguir por algum outro tipo de pressão externa, social ou familiar.


O QUE NÃO FAZER

NÃO se sentir culpado. Não existem pais perfeitos, mas sim bem intencionados. Os relacionamentos familiares são apenas uma parte da história do transtorno alimentar, além disso, em qualquer caso, o PASSADO É PASSADO. O importante é saber que o que você fazer AGORA para ajudar a sua filha.
NÃO permitir que a comida seja uma arma.
NÃO fale sobre o seu aspecto físico, não diga coisas como: Você está magra demais, ou, Você engordou e ficou muito bem assim, qualquer comentário pode aumentar a sua obsessão com o aspecto corporal.
NÃO mimar. Demonstre compreensão, mas não superproteja.
NÃO permitir que seja ela quem determine os horários da família.
NÃO troque de papeis com sua filha.
NÃO se deixe manipular.

O QUE FAZER O SIM
Demonstre através de atos e palavras que você a ama e respeita, mas assegure-se de que ela entenda que você também tem sua vida.
Combata o perfeccionismo nela e em você
Seja paciente e viva somente o presente. Recuperar-se de um distúrbio alimentar leva tempo.
Reconheça e respeite as ideias e opiniões dela, mesmo que elas sejam diferentes das suas.
Seja um modelo, expressando suas emoções e sentimentos. Quem apresenta distúrbios alimentares, tem uma dificuldade de expressar seus sentimentos. A expressão emocional é refreada.
Os pais devem se mostrar unidos e não emitir comportamentos diferentes. Se existem opiniões diferentes, discuta sem a presença do paciente. Diante dela vocês devem ter uma mesma opinião.

COMO AJUDAR A SUA FILHA

É IMPORTANTE SER HONESTA, DIRETA, E COMPREENSIVA. Use sempre o EU, ao invés de VOCÊ. Diga a pessoa que você está realmente preocupada com o que está acontecendo. Apoie mas não tente ser seu terapeuta. (Ela procurou à ajuda e eu a apoiei a ajudando, direcionando, e buscando os profissionais competentes. Que hoje são os médicos que fazem parte do seu tratamento. São eles, psicólogo, psiquiatra, nutricionista, endocrinologista, homeopata, cardiologista, dermatologista, dentista, núcleo de apoio, chamado NIABE do Hospital das Clínicas, indicado e encaminhado pelo Colégio P).
Sempre ofereça a sua companhia.
Não ajude a negar com o seu silêncio. Fale das coisas que você observa e que te preocupam. Reafirme sempre que está disposta falar sobre o problema, mas só se ela quiser, e quando quiser.
A família, os parentes, os amigos bem intencionados, que se envolvem, se centram em temas de controle e se você tentar controlar a pessoa com anorexia e bulimia, ela sempre ganhará.
Não tente manipula-la com subornos, recompensas, castigos ou culpa. Nenhuma destas táticas funciona. O APOIO É A CHAVE. Tanto se a pessoa está em tratamento, como se não está, não cometa o erro de tentar mudar o seu comportamento. Que seja ela que o faça, ela é a única capaz de fazê-lo. A mudança não se dá do dia para a noite. Se as pessoas implicam em excesso perde a credibilidade.

COMO SE EXPRESSAR DIANTE DE ALGUÉM DOENTE

Ignorar ou evitar o problema não ajuda. Pessoas que se recuperam de um transtorno alimentar dizem que foi muito importante que sua família e amigos continuaram sempre ao seu lado, dizendo e repetindo sempre as mesmas frases de apoio e encorajamento, porque em determinados pontos estas mensagens foram atendidas.
Utilize uma aproximação calma, sem confrontos, que demonstre apoio. Dê alguns exemplos de comportamento que estão deixando você preocupado, usando declarações como:
Eu ouvi você vomitando no banheiro, isso me assusta. Vamos procurar ajuda.
Me desculpe mais eu não vou deixar você fazer tudo o que quer, porque eu sinto como se estivesse ajudando você a se destruir.
Somente podemos falar e ter atitudes assim, em momentos de muita calma da paciente.
Evite declarações de acusação:
Você tem que comer alguma coisa.
Você está fora de controle, deve estar maluca.
Evite soluções simplistas: “Porque você simplesmente não para de vomitar?”.
“Assim tudo vai ficar bem.”

TRANSCRITO DO SITE DE CARLOS ALBERTO PEIXOTO

No dia 20 de maio de 1999 nós perdemos a nossa filha, vítima de anorexia e bulimia. Desde então procuramos nos informar sobre as doenças e firmamos um propósito de auxiliar todos aqueles que porventura enfrentam o problema em seus lares e carecem de mais informações à respeito, o que, infelizmente, aconteceu conosco.
Graças às nossas pesquisas, já fomos procurados por centenas de jovens e pais que, desesperados, às vezes nos procuram para obter orientação de como proceder para salvar suas filhas.
A alegria é imensa quando recebemos o retorno, alguns meses mais tarde, de que a filha está se recuperando; aceitando o tratamento e aumentando de peso. A nossa satisfação é tal que cada resultado positivo vamos reduzindo aquele sentimento de culpa que nos acompanha desde o triste acontecimento que vitimou a nossa filha Paula.

A DOR E O PRECONCEITO

Quem ainda não ouviu os comentários?
Bulimia é uma idiotice, QUEM NÃO CONSEGUE PARAR É PORQUE NÃO SE ESFORÇOU O SUFICIENTE. Bulimia é um exagero, é nojento. Bulimia é para quem é superficial, patricinha mimada. Bulimia é doença de meninas, de adolescentes. Você prefere morrer para ser magra? Bulimia é para quem não tem nada na cabeça. Tantas pessoas passando fome, e você aí vomitando. Deus castiga. Enfim, eu concordo que bulimia é horrível, não só eu, mas muitos que passaram e passam por isso. Porém a dificuldade para se curar não é falta de vontade, nem falta de uma crença espiritual. UMA VEZ EU OUVI QUE ERA BULIMICA PORQUE AINDA NÃO TINHA DEUS NA MINHA VIDA. POXA, PORQUE NÃO FAZEM ESTE COMENTÁRIO INFELIZ PARA OS FUMANTES? SERIAM TODOS FUMANTES ATEUS?  A bulimia é um vício e me deixa triste esses tipos de comentários. Ao contrário do que todos imaginam a bulimia não é uma doença superficial. Ela é uma doença que parece te agarrar na alma. Ela deixa de ser só estética e vira psicológica, sair dela mexe com seus piores medos e suas piores fraquezas. MAS COMO DIVIDIR ESSE PROBLEMA COM ALGUÉM E COMO PEDIR AJUDA, SE O MUNDO EXTERNO NÃO INTENDE A BULIMIA? Como conversar com alguém a respeito, se esse alguém a julga de idiota, mimada, louca e sem Deus no coração?
Quando eu estava bulimica tinha vergonha até de rezar, não me achava merecedora de qualquer ajuda, porque nem a ajuda Divina me tiraria dessa. Mesmo que por um milagre eu parasse de vomitar, não curaria minha mente e me sentiria desesperada com essa nova condição. Me sentia hipócrita.
AS VEZES ACHAMOS QUE PODEMOS PARAR NA HORA QUE QUISERMOS QUE SÓ DEPENDE DE NÓS, MAS NÃO É ASSIM. Quem tem Bulimia precisa de toda ajuda e compreensão do mundo. Não falo para apoiar o ato. Eu falo para quem está assistindo de fora de se colocar do nosso lado. Observar nosso mundo com nossos olhos. NÃO JULGAR A DOENÇA COMO COISA DE GENTE IDIOTA. Bulimia é sim uma fraqueza humana, em homens e mulheres. E como todos os homens e mulheres que conheço, todos tem suas qualidades e seus defeitos. NÃO É FRESCURA, BULIMIA É UMA DOENÇA E DEVE SER TRATADA COMO TAL.
Quem tem a doença se envergonha e se esconde. MESMO AQUELES QUE SE DIZEM A FAVOR DA MIA NÃO APARECEM COM SEUS ROSTOS E NOMES. Talvez essas pessoas apoiam aqueles que a sociedade recriminam, por também se sentirem recriminados. Pois mesmo quem se diz a favor da bulimia sabe o sofrimento que isso causa. Mesmo quem se diz a favor também chora por ser assim.  
Talvez existam pessoas que defendem a mia pela carência e falta de compreensão do mundo externo. SE NÃO HOUVESSE TANTO PRECONCEITO NA SOCIEDADE, OS BULIMICOS PROCURARIAM AJUDA COM MAIOR FACILIDADE.
MAS O PRECONCEITO MAIOR DE TODOS AINDA É SEM DÚVIDA É O PRECONCEITO INTERNO.
TERRI SCHIAVO
O mundo assistiu comovido o drama que levou Terri Schiavo a morte. Após batalha nos tribunais foi concedida ordem judicial para retirada dos aparelhos que a mantinham viva.
Terri era bulímica e, em 1990, após anos de sofrimento, teve parada cardíaca por déficit de potássio, decorrente dos métodos purgativos que utilizava (vômitos, laxantes, diuréticos). Mesmo reanimada, sofreu lesão cerebral irreversível que a levou a vida vegetativa.
Foi mais uma vítima da bulimia! Mais uma das muitas que morreram direta ou indiretamente vitimadas pela doença, fora aquelas que são portadoras de sequelas irreversíveis.
Não fosse a celeuma provocada pela batalha judicial, o caso de Terri não viria a público. Seria mais uma vítima anônima, como tantas.
Terri não iniciou uma dieta para “ter bulimia”, muito menos para morrer! Como muitas mulheres, buscava o “corpo ideal”. Suas fotos da época mostram uma mulher bonita e elegante, como muitas que buscam emagrecimento, mas que tinha uma visão distorcida de si mesma: “se via gorda”.
Morrer de Bulimia?
A Bulimia não é uma distúrbio especifico de adolescentes, existem muitas mulheres que vivem este drama. Tão pouco é uma doença exclusivamente do sexo feminino, apesar desermos a maioria, hoje em dia já é normal encontrar alguns homens bulímicos.

Infelizmente é uma doença que vem crescendo ao redor do mundo e pode demorar anos até a patologia ser descoberta por algum familiar, ou um amigo. A doença pode deixar marcas irreversíveis e até levar um indivíduo a morte.

Nunca achei que pudesse morrer de bulimia, achava que era um sensacionalismo de quem queria me ajudar. Para mim quem morria de distúrbio alimentar eram apenas as anoréxicas, e descobrir mais tarde que este era um grande engano.

Talvez as anoréxicas sejam até mais fáceis de serem salvas, pois as mesmas aparentam uma imagem doentia e a bulimia não se apresenta na imagem e sim nos sinais.

A família ao perceber a magreza anormal de uma anorexia, a leva para um tratamento imediato ou até a uma internação em casos mais sérios. No entanto,
 quem tem bulimia consegue esconder a doença na forma física, que na maioria das vezes, nada se parece com a anorexia. Porém, internamente o seu corpo se encontra muito debilitado, com, falta de nutrientes diário e um stress emocional muito grande. Ao ponto de poder sofrer uma parada carde respiratória a qualquer momento; sem contar outros perigos da doença que serão mais pra frente citados.

Este distúrbio alimentar dribla a sociedade e se esconde entre as pessoas.
 Há muitas bulimias e bulimicos a nossa volta e nem percebemos. 

Quando eu estava doente podia jurar que ninguém desconfiava do meu segredo
, talvez estivesse certa, era cautelosa escondia um perfume na bolsa, chegava a passar o papel higiênico na privada para não deixar rastro de vomito. Morria de medo que alguém desconfiasse, mesmo que esse alguém fosse um estranho no banheiro do shopping.
Algumas Consequências
Falta de informação 

Se eu soubesse as consequências da doença talvez não tivesse entrado nessa.
A única informação que eu tinha é que sendo bulimica, eu poderia morrer. Muitas vezes é a mesma informação que ouvimos sobre as drogas. Mas ninguém que se droga pela primeira vez, ou que vomita para se livrar da culpa da gula, acredita que vai enfartar ou morrer por overdose. 
Eu não acreditava que era capaz de engasgar com o próprio vomito e nem regurgitar tanto ao ponto de ficar fraco e morrer. Se eu falar que isso não acontece vou estar mentindo, mas antes mesmo de citar a morte como um dos perigos,
 devo alertar sobre outros fatores desagradáveis que acompanham a doença e que infelizmente eu descobrir isso depois.

1. Descalcificação dos dentes
Até os meus 15 anos nunca tive uma cárie, meus dentes eram brancos e saudáveis. Com a prática de regurgitar depois das refeições,
 a pessoa libera o suco gástrico junto com os restos de comida. Suco gástrico é o acido que existe no seu organismo para trabalhar na digestão. Ao passar entre os dentes, ele danifica a proteção da arcaria dentária, vai desgastando e descalcificando ao longo do tempo. Sem proteção o dente fica frágil, as cáries se instalam com maior facilidade e muitas vezes o dente acaba quebrando. 
A probabilidade de você perder um dente antes da hora por causa da bulimia é alta, não apenas um, mas sua arcaria dentária inteira vai sentir as conquesequencias do suco gástrico.

Não adianta escovar os dentes depois do vômito. Aliás, pode ser até pior,
 pois uma vez que seus dentes receberam um “banho de acido”, não é recomentado que você os escovem logo em seguida para se livrar do mau gosto. A escova acaba lixando os dentes e piorando a descalcificação sem que você perceba.

2. Queda de Cabelo e Unhas Fracas
Queda de cabelo pode estar relacionada ao estresse emocional.
 A perda de cabelo meche muito na autoestima das pessoas. Ser bulimico e esconder uma vida dupla é muito estressante. A falta de nutrientes no corpo, a má alimentação, tudo isso muda o funcionamento do nosso organismo. Nunca vi uma mulher ficar totalmente careca por ser bulímica, mas presenciei falhas no meu próprio cabelo ao ponto de até hoje sentir o reflexo de quando eu era bulímica.

Em uma das tentativas de cura, resolvi entrar em um grupo de ajuda, não parei de vomitar, mas aprendi muito sobre a doença, Conheci outras meninas que tinham o cabelo quebradiço, fraco e com algumas falhas no couro cabeludo. Eu nunca tive problema com minhas unhas. Na verdade eu nunca me importei em ter unhas compridas e bonitas. Mas era outro reflexo da doença, muitas reclamavam de suas unhas fracas.

ELAS SE TORNAM VICIANTES E DOMINAM SEU CÉREBRO COMO DROGA!
NÃO ENTRE NESSA! É UM CAMINHO SOFRIDO.


Bibliografia: 

Lewis, H. L., y Mac Guire, M. P. (1985). Review of a group for parents of anorecties. Journal of Psychiatric Research19, 453-458.

Garner D, Inventario de trastornos de la conducta
alimentaria. Madrid, TEA editores, 1998:8-17.

Baeza I. Trastornos alimentarios: Bulimia nerviosa.
Práctica Psiquiátríca, 1999 (1):6-7.

García Rodríguez F. Las adoradoras de la delgadez.
Anorexia nerviosa.Madrid. Editoríal Díaz de Santos,
1993:79-89.

              Potira Marie
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RELATO DA MÃE DE UMA FILHA COM TRANSTORNO ALIMENTAR

Aqui relato, poucas das muitas pesquisas, estudos, documentários, textos, curiosidades, informações, de milhares que li.  A importância desses relatos e pesquisas não sei se vou conseguir que todos os leitores percebam a grande importância do saber, MAS EU SINTO A DIFERENÇA DE QUANDO ESTAVA LÁ, HA UM ANO ATRÁS SEM INFORMAÇÃO NENHUMA DO QUE ESTAVA ACONTECENDO COM MINHA FILHA. Como é bom saber, poder ajudar, ser útil, amparar, dar colo, e ser firme também nos momentos corretos.
Todos que estão próximos, seja em família, os amigos, os médicos, a equipe do Colégio, e todos que tem conhecimento de que a pessoa tem bulimia e anorexia, tem obrigação de saber lidar com o problema. É um problema social, que requer cuidados específicos, formas, jeitos de coordenar, o que dizer como agir, compreender.
É ter o conhecimento que é uma doença grave, difícil de curar, de muita demora. São mais de 15 anos para um sucesso absoluto, com vigia para o resto da vida, pois elas podem ter recaídas mesmo com 40, 60, ...anos. Estas palavras não falo sem certeza e conhecimento, é a mais pura verdade, ditas por médicos competentes, pais de meninas que têm até hoje o problema que começou à 20 anos atrás, pesquisas. É uma parte do cérebro condicionado. Nós nos locomovemos, nos alimentamos, ouvimos, falamos, respiramos, nosso coração bate, etc. De onde vem o comando para tudo isso? Onde está condicionada todas essas informações? No nosso cérebro. Por isso é tão difícil curar de uma bulimia e anorexia. Por isso milhões morrem o tempo todo. Não estou descontrolada, nem desesperada agora, mas tenho direito de ficar se assim sentir que estou, e que preciso estar. O que vivo, e milhares de mães vivem, e outras que só vão saber depois da morte de suas filhas; é sem noção de sofrimento. Fico firme, mas tenho direito de gritar de vez em quando. E grito, choro, descabelo, mas com pessoas que acredito serem amigas de verdade, que conhecem o problema que tenho, pois se fizer isso com outras pessoas, vão mandar você fazer tratamento, buscar ajuda. E olha que pessoas que têm o conhecimento de tudo que paço já me mandou buscar ajuda. Não tenho problemas em procurar ajuda, não é isso que quis dizer, tenho é muita tristeza de saber que as pessoas não compreendem as outras que sofrem. Não quero minha filha morta em meus braços e tenho direito de não querer e aceitar, por isso busco, acredito, e vou a luta para salvá-la. Não estou sendo ríspida, estou sendo realista; preciso ser neste caso.
Minha filha tem bulimia e anorexia à um ano e um mês, ela fez uma reeducação alimentar perfeita, emagreceu 26 quilos. Nada de errado com a dieta, até virar obcessão, já não comia nada mais. Comecei a trabalhar na ocasião, e quando ela chegava para almoçar eu estava saindo atrasada para o trabalho, mas mesmo assim dizia em tom forte: Coloca carne aí, não estou vendo arroz, feijão, só salada não dá. E saia para trabalhar na esperança que minhas ordens seriam atendidas. Mas não foram.
Observei que ela emagrecia mais e mais, e logo vi a anorexia. Ela desmaiava muito, sua pressão caia demais, faltava oxigenação no cérebro e ela desmaiava. Passou mais ou menos um mês dessa forma, e de repente depois de um mês, ela comia em segundos tudo que via pela frente, em muita quantidade. Falava que estava com muita fome. Dizia; minha filha o que está acontecendo? Mas sempre tinha desculpas, tipo: para mãe estou com muita fome. Hoje relatando aqui para vocês o que houve, descobri que demorei muito para descobrir a doença da minha filha. Demorei dois meses. Desconfiava, mas tive certeza só quando ela me pediu, implorou, ajuda. Foi quando foi em uma festa e desmaiou lá, quase não voltou por causa da hipoglicemia baixa. E no outro dia me implorou ajuda, que estava morrendo, estava com bulimia, e que não queria mais viver tudo aquilo. Foi tão rápido a evolução das doenças, o poder do nosso cérebro é tudo. Muito forte esse sofrimento. Fui buscar ajuda, saí com ela, indo a hospitais, como o André Luiz, Madre Tereza, hospital da Unimed na Av. do Contorno. No André Luiz não aceitavam menores, no Hospital Madre Tereza também não, foi onde me indicaram o Hospital da Unimed. Onde fomos, e só piorou a situação, enfermeiros afirmando que bulimia não é coisa grave e que não iria atender lá, indicando o consultório, onde o médico disse que bulimia é coisa de novela, enfermeira escondendo a ficha para não atenderem minha filha, que voltou para o pronto socorro, com pedido do médico para emergência, pois ela estava em uma crise e desmaiando.
E voltamos para casa sem atendimento e eu indignada, revoltada. Fiz uma ocorrência na Unimed que não deu em nada, mas pelo menos minha filha foi atendida no mesmo dia, com médicos profissionais na área de bulimia e anorexia, exigida por mim que fosse a consultório e não em hospitais.  Começamos o tratamento com os médicos, de especialidades já citadas no contexto acima. Há um ano, e um mês estamos fortes e incansavelmente, buscando a cura; com terapias, medicamentos; a força de vontade da minha filha. Trocas de tratamentos, idas, e vindas, nos hospitais para hidratá-la e aliviá-la com os medicamentos venosos para aliviar as dores no estômago, no intestino. Há um mês e meio atrás descobrimos que ela contraiu uma sequela da bulimia. Uma Síndrome do Intestino Irritável. Abaixo um resumido conhecimento da SII.
O que é Síndrome do intestino irritável?
Sinônimos: Cólon irritável, colite espástica
A síndrome do intestino irritável (SII) refere-se a uma doença que envolve dor abdominal e cãibras, além de alterações nos movimentos intestinais.

Causas

Existem várias possíveis causas da SII. Por exemplo, pode haver um problema nos músculos do intestino ou o intestino pode ser mais sensível a alongamento ou movimento. Não há problema com a estrutura do intestino.
Não é claro o motivo pelo qual os pacientes desenvolvem a SII, mas em alguns casos, ela ocorre depois de uma infecção intestinal. É chamada SSI pós-infecciosa. Também pode haver outros desencadeadores.
O estresse pode agravar a SII. O cólon é conectado ao cérebro por meio de nervos do sistema nervoso autônomo. Esses nervos se tornam mais ativos em momentos de estresse e pode fazer com que o intestino seja espremido ou se contraia mais. Pessoas com SII podem ter um cólon que seja excessivamente sensível a esses nervos.
Dor abdominal, repletação, gases e inchaço por pelo menos 6 meses são os principais sintomas da SII. A dor e os outros sintomas muitas vezes:
·         Ocorrem após as refeições
·         Vêm e vão
·         São reduzidos ou desaparecem depois de um movimento do estômago





Pessoas com SII podem alternar entre constipação e diarreia ou ter um desses problemas.

  • Pessoas com diarreia têm evacuações frequentes, sem controle e líquidas. Eles sentem uma necessidade constante e urgente de evacuar que é difícil de controlar.
  • As pessoas com constipação têm dificuldade na passagem das fezes e movimentos intestinais menos frequentes. Elas muitas vezes têm necessidade de evacuar e sentem cólicas com os movimentos do intestino. Muitas vezes, elas não eliminam fezes ou eliminam apenas uma pequena quantidade de fezes.


O aparecimento deste quadro da Síndrome do Intestino Irritável, dificultando ainda mais no tratamento da minha filha. Está sendo um quadro novo, e uma adaptação nova de medicamentos, causando mais medo, ficando mais fragilizada, menos confiante.
Esta crise que minha filha ultrapassa agora foi a mais forte que vivi junto a ela, a mais dolorosa, a mais temida por mim. O seu dia é atordoado demais, nada para no estomago, digo nada, nem água, muitas dores no estomago, muitas cólicas intestinais, inchaço no estomago e intestino, ânsia de vomito todo o dia e diarreia constantemente. As noites são uma tortura, ela tem pesadelos constantes, fala muito, geme muito, e são nesses momentos de inconsciência dela que aproveito e lhe dou um biscoito doce para ficar em seu estomago e não faltar açúcar no sangue dela, dando uma hipoglicemia e uma parada cardíaca. Faço das noites dela uma vigília constate por mim, e os momentos que cochilo, acordo assustada e logo vou vê-la. Estamos tendo que ir ao Hospital uma vez por semana para hidratá-la com soro e tomar remédios para dor no estomago, já que não tem um lugar específico para ela se internar e fazer um tratamento adequado. CHEGUEI ONDE QUERO! O QUE MAIS QUERO; SALVAR A MINHA FILHA E MILHÕES DE MENINAS QUE ESTÃO DOENTES. Elas não têm um lugar próprio para tratar a bulimia e a anorexia. Entenda; se internam quando já estão morrendo, ou desnutridas, ou com sequelas irreversíveis. Aí os núcleos ou mesmo um Hospital Clínico as internam, mas por sequelas das doenças, não para um tratamento constante. O que mais quero é uma ala em Hospitais clínicos para tratar a bulimia e a anorexia. Não existem alas para aidéticos? Ala para cancerígenos? Ala para drogados? Clínicas para drogados? Porque não há ainda uma ala, uma clinica, para acolhê-las? Têm milhares de meninas morrendo com bulimia e anorexia, todos os dias, e porque ainda não tem um lugar para tratá-las de acordo com a necessidade da evolução da doença? Porque a sociedade, os responsáveis não tomam uma atitude o mais rápido possível? O que falta; mais mortes, quantas ainda faltam para uma solução?
Ontem fomos ao Hospital Felício Rocho para mais um dia de hidratação e medicamentos venosos para dor, e tivemos a sorte de ser o mesmo médico que a atendeu na semana retrasada, na semana passada. Coisas de Deus mesmo, ele é nutrólogo e assustou muito com a fisionomia e estado da minha filha, com a destruição que causou nela essa uma semana, não comentou nada com ela, consultei primeiro e conversamos muito, expus para ele toda essa minha indignação e preocupação em não ter um lugar para tratar essas doenças em um hospital ou clínica, ele parou, pensou e concordou, não é que é mesmo, não temos, não existe mesmo. O NIABE, interna, mas nas condições que você mãe me relatou, já em um estado de emergência, elas tratam um dia, dois e voltam para casa com o mesmo problema ou pior. Ele me indicou uma argentina, nutróloga com especialização em bulimia. Forneceu-me o site e o seu nome completo para que eu a procure com a indicação dele, para estudarmos a possibilidade de conseguirmos um lugar para elas se tratarem. Quem sabe, ela me direciona para as autoridades competentes, me ajude a chegar ao lugar certo, para salvar milhões de vidas e para mim a vida principal; A VIDA DA MINHA FILHA!
Tentei relatar da forma mais resumida possível, pois é um assunto que requerem mesmo muitos detalhes e informações; sei que falta muito conhecimento não relatado nestas linhas, mas não faltará oportunidade para registrá-los a todos. Inclusive estou criando um Blog para maiores informações que registrarei todos os dias. Assim que estiver ativado e atualizado, encaminho o endereço do Blog.

ASSIM TERMINO NA ESPERANÇA DE OBTER MUITO SUCESSO COM MEUS NOVOS CONTATOS E BOAS NOTÍCIAS EM BREVE.

Obrigada!

Luciana





2 comentários:

  1. Existem tantas pessoas sem conhecimento dessas doenças graves, isso é muito ruim, atrapalha a recuperação e a cura de quem possui essas doenças. Não ter onde tratar, lugares para interna-las é muito grave. Pois depois de sequelas irreversíveis, já não adianta mais. Tem que ter Clínicas apropriadas para salvar pessoas com anorexia e bulimia urgente.

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  2. Tem sim; CLÍNICAS JÁ! Mas onde procurar por esta ajuda? Como chamar à atenção de pessoas responsáveis para este fato URGENTE? Jamais vou desistir de procurar e vou alcançar, mas tenho muito medo de ser tarde demais!
    Luciana

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Obrigada por estarem aqui, é muito importante para mim, saber que pessoas importantes como você buscam e se importam assim como eu. Volte quando quiser e achar necessário.